Pesquisadores da Escola de Medicina da Universidade de Pittsburgh disseram na quinta-feira (2) que estão no caminho para uma vacina contra o coronavirus causador da pandemia COVID-19, que já infectou mais de um milhão de pessoas e matou mais de 50 mil em todo mundo. A vacina, aplicada através de um pequeno patch colado à pele, obteve sucesso na criação de anticorpos específicos para o SARS-CoV-2, o coronavirus causador da COVID-19, em testes realizados com ratos de laboratório.
Segundo um press release divulgado pela UPSM, “quando testada em camundongos, a vacina, ministrada através de um patch do tamanho da ponta de um dedo, produz anticorpos específicos para o SARS-CoV-2 em quantidade suficiente para neutralizar o vírus.”
Os pesquisadores disseram que os testes começarão em pacientes “assim que for possível”, mas que ainda levará tempo para que a vacina esteja disponível. Eles pretendem começar os testes clínicos em humanos em um ou dois meses. “Os testes com pacientes normalmente levam um ano ou mais”, disse Louis Falo, um dos pesquisadores da UPSM. “Mas essa situação especial é diferente de tudo que já vimos, portanto não sabemos exatamente de quanto tempo vamos precisar para o desenvolvimento clínico. Uma revisão dos processos normais sugere que poderemos avançar mais rapidamente neste caso”.
Os cientistas chegaram até a possível vacina através dos trabalhos anteriores sobre outros dois vírus, o SARS-CoV de 2003, e o MERS-CoV de 2014, onde descobriu-se que uma proteína específica é de fundamental importância na criação de defesas contra o ataque. Graças a essas pesquisas anteriores, “soubemos exatamente como lutar conta este novo vírus”, disse Andrea Gambotto, pesquisadora da UPSM.