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Cidades do sul da Flórida reforçam uso de rastreadores de placas de veículos

Dados ficam armazenado por até três anos e ajudam os policiais a identificar motoristas em atividade criminosa

Empresa contratada para fazer o monitoramento é a Vigilant Solutions (foto: Wikimedia)

Onde quer que você dirija no sul da Flórida, há uma boa chance de seu veículo estar sendo vigiado e sua placa e trajeto registrados.  E essa tecnologia não é nova, mas tem sido aplicada cada vez mais com o objetivo de identificar motoristas em atividade criminosa.

“É o equivalente a ter um carro da polícia seguindo você todos os dias”, disse o morador de Coral Gables, Raul Mas, ao canal Local10News.

Raul disse que entrou com uma ação judicial contra a cidade após solicitar registros do seu próprio veículo e se deparar com as dezenas de páginas de imagens capturadas. “Indo para Publix, indo para a lavanderia, indo para o trabalho ”, disse ele. “Não assinei um contrato de usuário com a cidade de Coral Gables para me monitorar”, completou.

Segundo reportou o canal Local10News, a empresa contratada para fazer o monitoramento é a Vigilant Solutions, que armazena os dados por três anos.

Nesse período, a empresa compartilha  as informações com dezenas de agências de aplicação da lei, incluindo o FBI. “Isso deve ser alarmante para qualquer um”, falou o advogado Caleb Kruckenberg, da New Civil Liberties Alliance, que representa o morador de Coral Gables em seu processo.

O advogado considera que se polícia deseja essas informações, ela deve justificar o motivo e obter um mandado.  

Coral Gables é apenas um dos municípios que usam câmeras LPR no sul da Flórida. O chefe da polícia de Miami-Dade, Ed Hudak, disse ao Local10News que está muito confortável com a medida, já que sua prioridade é a segurança pública.  

“A cidade usa o reconhecimento de placas para ajudar a fazer as prisões”, declarou Hudak,  lembrando que, em março, um policial foi homenageado após usar leitores de placas para identificar um carro roubado. 

Mês passado, um juiz de Dade decidiu contra o processo de Raul, apoiando o argumento da cidade. Mas ele recorreu da decisão judicial. ” Mais pessoas deveriam se preocupar e se perguntar o que vem a seguir”, avaliou o cidadão.

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