Imigração Notícias

Cidade do Nebraska precisa de mão de obra imigrante, mas esbarra em legislação para contratá-los  

Fremont tem três frigoríficos e está sempre em busca de mão de obra, mas eles não conseguem alugar imóveis sem social security

Governantes de diversas cidades americanas estão reclamando do grande número de imigrantes que estão chegando, mas este não é o caso de Fremont, Nebraska. A cidade de 27 mil habitantes tem três frigoríficos gigantescos e precisa da mão de obra dos imigrantes, mas esbarra em uma legislação que impede que indocumentados vivam dentro dos limites do município.

Essa lei foi aprovada por moradores da cidade em 2010, quando 57% dos eleitores votaram a favor da solicitação de documentos que comprovem residência legal nos Estados Unidos para alugar qualquer propriedade em Fremont. “Os estrangeiros são bem-vindos, desde que estejam legalizados, pagando impostos e que falem inglês”, disse uma moradora da cidade há mais de 40 anos à NBC News.

Segundo Mark Jensen, presidente do conselho de moradores de Fremont, os moradores locais saem da cidade em busca de melhores oportunidades de trabalho. Com isso, grande parte das vagas disponíveis nas processadoras de carnes vai para estrangeiros, especialmente, da América Central. “Nós precisamos dessas pessoas. Precisamos de mão de obra para continuarmos alimentando a América e o mundo”, disse Jansen.

Apesar das restrições de aluguel, os trabalhadores estrangeiros continuam chegando. Em 2022, a população da cidade era formada por 16% de latinos, segundo o Censo. A grande maioria dos imigrantes é da Guatemala. “O trabalho nos matadouros e frigoríficos é considerado pesado e afasta os americanos”, explica Jansen.

Em 2021, uma megaoperação do governo federal prendeu centenas de imigrantes indocumentados nesses frigoríficos por utilizarem números falsos de social securiy. Um funcionário do Departamento de Veículos de Fremont, Glenn Elwell, disse não se surpreender com as notícias da apreensão de documentos falsos. “Como eles não podem trabalhar, eles usam números falsos de social para conseguir emprego nos frigoríficos e os donos fingem que não estão vendo”.

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