O coronavírus já causou aproximadamente 100 mil mortes nos Estados Unidos e grande parte dessas mortes aconteceu em New York. Dos 1.693.818 casos nos Estados Unidos, cerca de 372 mil aconteceram no estado de NY e cerca de 199.000 somente na cidade de New York.
O número de mortes é igualmente assustador: 16.410 só na cidade. Sendo o estado com mais casos em todo os Estados Unidos, em um certo momento, o estado liderado pelo governador Andrew Cuomo apresentava mais casos do que qualquer outro país no globo. Com isso, não é de se estranhar que a reabertura da cidade seja mais lenta. Ainda não se sabe a data, mas o prefeito Bill de Blasio tem trabalhado com o governador Andrew Cuomo, ambos do Partido Democratas, para garantir uma reabertura segura aos nova-iorquinos.
Para se qualificar para a reabertura, de acordo com as diretrizes do CDC, a região deve ter disponíveis de 30% de leitos de hospitalização e 30% leitos de UTI (Unidade de Tratamento Intenso), além de 30 profissionais de rastreamento de contatos para cada 100.000 habitantes.
Até ao momento, a maior parte do estado já deu início à fase 1 de reabertura, que inclui os stores de construção civil, fábricas e atividade reduzida do comércio.
As cinco primeiras regiões a reabrirem em 15 de maio foram North Country, Western New York, Finger Lakes, Mohawk Region e que agora já estão estudando a transição para a fase 2 de reabertura. Em seguida, foram Capitol Region, onde fica Albany, a capital do estado, que reabriu para fase 1 em 20 de maio, Mid-Hudson abriu em 24 e a última região a ser reaberta até o momento foi Long Island, em 25 de maio.
Com todas as demais regiões abertas, a cidade de New York é a única que está em pausa, com ordem expirando em 7 de junho. “Vamos agora focar na cidade de New York, temos dados, temos testes, e temos fatos,” afirmou Cuomo em coletiva de imprensa realizada do dia 26 de maio.
Por enquanto, a cidade tem apenas 29% de capacidade hospitalar e 29% de capacidade para UTI, além de ainda necessitar suprir o número de profissionais de rastreamento, o qual o prefeito De Blasio garantiu que acontecerá até 1º de junho.
A seguir observemos em detalhe as quatro fases de reabertura:
Fase 1: Abertura de construção, fabricas e atividade reduzida de comércio (recolhimento de mercadoria na calçada).
Fase 2: Serviços profissionais, setores de seguro e financeiro, comércio, suporte administrativo, mercado imobiliário.
Fase 3: restaurantes e hotelaria.
Fase 4: Educação, atividade recreativas e entretenimento.
Ainda não se sabe exatamente quando a cidade vai reabrir, mas o prefeito de Blasio acredita que na primeira ou segunda metade junho, já seja possível o início da fase 1. Ele afirmou que a cidade ainda tomará todas as providências para assegurar que os estabelecimentos estejam de acordo com as normas.
De olho no início do verão, que muitos nos Estados Unidos consideram como tendo início no Memorial Day (este ano aconteceu no dia 25 de maio), o Estado decidiu abrir algumas praias estaduais com capacidade reduzida, restringindo o comércio nos calçadões e proibindo a população de entrar na água. Para evitar visitantes, as praias de Long Island só estão permitindo acesso aos seus residentes. Governador Andrew Cuomo também deu carta branca para aglomerações de até 10 pessoas.
“Vamos criar um sistema de execução de normas e nosso objetivo é que funcionem,” afirmou De Blasio em sua coletiva de imprensa do dia 27 de maio.
A fim de reabrir a cidade, será necessário que o sistema do transporte público esteja preparado. A MTA (Metropolitan Transportation Authority), empresa que administra a rede de metrôs e ônibus da cidade, tem executado um plano de limpeza, visto que mais de 80 funcionários do sistema faleceram de Covid-19. Desde o dia 5 de maio, pela primeira vez em 115 anos, o sistema começou a fechar entre 1 e 5 da manhã para a limpeza dos carros.
“Não podemos reabrir a cidade por completo sem o transporte público. Já temos o metrô mais limpo do que nunca. Agora as pessoas vão precisar praticar distanciamento social e cobertura facial.” acrescentou Cuomo.
Ainda durante a coletiva, Cuomo enfatizou que, além da limpeza, quando a cidade avançar para as fases 2 e 3, será necessária maior frequência de trens, para evitar a super lotação.
Para finalizar, com o restante do estado parcialmente aberto, New York está em vias de iniciar sua reabertura em meados de junho, contanto que consiga satisfazer as métricas, que consistem em pelo menos 30% de capacidade de hospitalização e de UTI, além de 30 rastreadores de contado para cada 100.000 habitantes para uma reabertura segura.