Após caminhada no espaço, país quer colocar estação orbital e aterrissar na Lua
A China não quer se tornar apenas uma potência mundial na área econômica: o próximo passo agora é o universo. Depois do bem sucedido pontapé inicial no programa espacial, que em setembro colocou o primeiro chinês caminhando no espaço, o governo de Pequim pretende investir na construção uma estação orbital e aterrissar na Lua. Tudo isso, até 2020. Segundo o diretor da agência espacial chinesa, Wang Zhaoyao, a conquista do cobiçado satélite da Terra, além de “muito desafiadora”, é “um campo tático na alta tecnologia global”. Segundo ele, o país quer lançar o seu laboratório em, no máximo, três anos, a fim de instalá-lo de forma permanente no espaço e, em seguida, avançar para o projeto da estação espacial. E a Lua seria o passo seguinte.
Os três astronautas que participaram da missão espacial Shenzhou 7 são considerados heróis nacionais. Durante as 68 horas em que esteve em órbita, a tripulação conduziu experimentos, lançou um satélite e realizou a primeira caminhada no espaço de um astronauta chinês. “Foi uma missão cheia de desafios, mas com um resultado perfeito. Estou muito orgulhoso do meu país”, disse o comandante Zhai Zhigang.
Foi ele quem saiu do módulo espacial para uma caminhada no espaço que durou cerca de 20 minutos, enquanto os astronautas Liu Boming e Jing Haipeng acompanhavam as manobras de dentro da cápsula espacial. Com o feito, a China se juntou à Rússia e aos EUA no seleto grupo de países que possuem tecnologia exploratória espacial capaz de permitir a sobrevivência em espaço aberto. “O sucesso de vocês representa a quebra de barreiras no nosso programa espacial tripulado. A pátria mãe e o povo agradecem vocês”, disse o presidente chinês Hu Jintao, reforçando a mensagem patriótica.