Carlos Wesley Esportes

Chegou a hora de gritar‘é campeão’

Principais estaduais pelo país têm clássicos decisivos neste fim de semana

O Atlético de Hulk pode conquistar o hexacampeonato em Minas Gerais (Foto: Pedro Souza/Atlético)
O Atlético de Hulk pode conquistar o hexacampeonato em Minas Gerais (Foto: Pedro Souza/Atlético)

O grito de “é campeão” vai ecoar pelo Brasil. Em três dos principais campeonatos estaduais do país – Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Sul – a definição do título acontece neste fim de semana e do jeito que o torcedor gosta: com clássicos, rivalidade e muita história.

No Mineirão, só uma catástrofe tira a taça do Galo no sábado. O time de Hulk e companhia venceu a primeira partida da finalíssima contra o América-MG de goleada e está muito perto de confirmar a hegemonia em Minas, com o hexacampeonato. Mais do que isso, a equipe surge como uma das favoritas também para o resto da temporada, graças às contratações de Gabriel Menino e Rony (ex-Palmeiras), Júnior Santos (ex-Botafogo) e Cuello (ex-Athletico-PR). Não é pouca coisa para quem já tinha Gustavo Scarpa, Éverson, Guilherme Arana e, claro, Hulk. A decepção ficou por conta do Cruzeiro, apesar de todo o investimento.

Outro título bastante encaminhado é o do Internacional, que pode impedir o octacampeonato do maior rival, o Grêmio. O Colorado venceu o primeiro jogo por 2 a 0 e tem tudo para levantar a taça em casa, no Beira-Rio lotado – os 50 mil ingressos já foram vendidos para domingo. Está próximo o primeiro triunfo do técnico Roger Machado pelo Inter, ele que foi ídolo gremista e símbolo de uma época vitoriosa do tricolor gaúcho. 

Pela quinta vez nos últimos seis anos, o Fla-Flu definirá o Carioca, depois que o Botafogo, nas palavras de seu CEO, John Textor, abriu mão da disputa. O clássico mais charmoso do país não tem um claro favorito, apesar do poderio financeiro do Rubro-Negro e da vitória simples na primeira batalha. O confronto está em aberto. Um detalhe curioso: o técnico Felipe Luís já conquistou três títulos na sua breve carreira (Copa do Brasil, Supercopa e Taça Guanabara) e tem apenas uma derrota neste período – justamente contra o Fluminense.

Os clássicos também definem os campeonatos baiano (Bahia x Vitória), cearense (Fortaleza x Ceará) e paulista (Corinthians x Palmeiras), com as partidas de ida marcadas para este fim de semana. No caso de São Paulo, problemas à vista: o segundo jogo está agendado para 27 de março, menos de dois dias antes da rodada de abertura do Brasileirão. Ou seja, o principal torneio do país já vai começar com mudanças na tabela e adiamento de jogos.


Sorteio da Libertadores será na segunda e brasileiros querem confirmar superioridade

Campeões das últimas seis edições da Taça Libertadores, os times brasileiros têm uma missão especial em 2025: igualar o número de troféus dos rivais argentinos, os maiores vencedores da principal competição do continente. São 25 títulos dos hermanos contra 24 do Brasil. Na próxima segunda-feira (17 de março), a Conmebol realiza o sorteio dos grupos. A final em jogo único já está marcada para 29 de novembro, mas ainda sem local definido – há quem diga que a disputa está entre os estádios Mané Garrincha (Brasília), Centenário em Montevidéu e Monumental de Lima. 

O Brasil terá quatro cabeças de chave. O atual campeão Botafogo e ainda Palmeiras, Flamengo e São Paulo serão colocados no pote 1, que dá direito de disputar a última partida da fase de grupos em casa. Também estão na competição este ano o Internacional, o Fortaleza e, oxalá, o Bahia (até o fechamento desta edição ainda não havia a confirmação se o time baiano havia conquistado a vaga na Pré-Libertadores).

Para demonstrar ainda mais a superioridade verde e amarela nos últimos anos, basta dizer que das últimas seis finais da Libertadores, quatro delas foram disputadas por dois times brasileiros. Mas nem sempre foi assim. Até a década de 80, os nossos times costumavam desprezar a competição. O Santos de Pelé, por exemplo, abriu mão de disputar o torneio continental em duas oportunidades para excursionar pela Europa e faturar um bom dinheiro… e isso explica por que o Rei do Futebol não tem, pelo menos, mais duas dessas taças no seu currículo.


Aos 40 anos, Lebron James não dá sinais de declínio e bate recordes na NBA

Não faltam exemplos de atletas, em diferentes modalidades, com alto rendimento apesar da idade. Recentemente, o quarterback Tom Brady faturou um Superbowl, do futebol americano, aos 43 anos. Já no futebol de bola redonda, o brasileiro Fábio, goleiro do Fluminense, continua a mostrar agilidade e reflexos de garoto, mesmo depois de seu 44º aniversário. Mas ninguém tem mostrado tanta relevância e impacto no esporte quanto Lebron James em sua 22ª temporada na NBA, a liga de basquete profissional dos Estados Unidos.

O ala-armador do Los Angeles Lakers tem, aos 40 anos, “enterrado” qualquer discussão sobre etarismo num esporte de alta intensidade e que costuma aposentar seus craques na faixa dos 32. Lebron, ao contrário, parece ter encontrado a fonte da juventude e está com médias comparáveis às suas melhores temporadas: 25 pontos, 1 roubada de bola e mais de oito rebotes e oito assistências por jogo, sem contar que ele acerta mais da metade de seus arremessos (51,7%). Vale lembrar que 22 jogadores atuais da liga não haviam sequer nascido quando Lebron já mostrava, pelo Cleveland Cavaliers, que seria um dos grandes da história.

O recorde mais impressionante da carreira de “King” James foi alcançado este mês, quando ele se tornou o único jogador a superar a marca de 50 mil pontos na carreira (temporada regular e playoffs). Quer outra estatística assombrosa: são mais de 1.700 partidas, com cerca de 70.000 minutos jogados, ou o equivalente a quase 50 dias completos e ininterruptos. Não por acaso, ele tem quatro títulos da liga e quatro medalhas olímpicas.

O interessante é que Lebron, mesmo sem ter um histórico repleto de lesões, costumava duvidar de sua longevidade no esporte em virtude da carga de trabalho da NBA, com viagens constantes e, muitas vezes, jogos em dias seguidos. Não escondia que alimentava apenas o sonho de dividir a quadra com o filho, Bronny, o que acabou acontecendo este ano. Mas, ao que parece, ele ainda tem combustível no tanque. Bom para o esporte e ótimo para o Lakers, que voltou a ser postulante ao título.

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