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Cesariana eletiva põe vida do bebê em risco, diz estudo

A taxa de morte neonatal entre filhos nascidos de cesariana foi mais que o dobro das mortes após o parto normal, mesmo depois que os pesquisadores ajustaram os dados para levar em conta questões socioeconômicas e de risco médico.

Quando a gestação não é de risco, a taxa de mortalidade infantil e neonatal é maior entre bebês nascidos de cesariana do que entre os que chegam ao mundo por parto normal, de acordo com levantamento feitos nos Estados Unidos e que envolveu 5,7 milhões de nascimentos, com 12.000 mortes registradas num período de quatro anos. O trabalho, realizado pelos Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) do governo americano, foi publicado no periódico Birth: Issues in Perinatal Care.

No geral, mostra o trabalho, a morte neonatal – nos primeiros 28 dias após o nascimento – foi rara entre os filhos de mulheres com gravidez de baixo risco, mas a taxa de morte neonatal entre filhos nascidos de cesariana foi mais que o dobro das mortes após o parto normal, mesmo depois que os pesquisadores ajustaram os dados para levar em conta questões socioeconômicas e de risco médico.

A principal autora do estudo, Marian MacDorman, diz que os resultados devem ser um “fator de preocupação para médicos e elaboradores da política de saúde pública”. Ela destaca que cesarianas feitas em resposta a uma situação de risco salvam vidas de mães e filhos, e que taxa de mortalidade é baixa, mesmo entre as cesarianas eletivas, mas que a realização da cirurgia sem uma razão médica precisa pode estar expondo parte da população de bebês a um risco desnecessário.

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