A cerveja holandesa Heineken caiu no gosto dos brasileiros. A empresa anunciou esta semana que vai fazer uma grande expansão na capacidade de produção de sua cervejaria em Ponta Grossa (PR), em um investimento de 865 milhões de reais ($183 milhões de dólares) a ser aplicado entre este ano e 2021. As informações são da Reuters.
No Brasil, além da Heineken, posicionada no segmento premium, e da Amstel, no segmento “mainstream”, a cervejaria holandesa tem rótulos econômicos como Glacial e Kaiser, também produzidas em Ponta Grossa. A Heineken afirma atualmente ter 22% do mercado nacional.
A fábrica do Paraná é terceira maior da Heineken no Brasil e terá a capacidade ampliada em 75%. “Estamos antecipando em um ano todos os investimentos de nosso plano estratégico. O Brasil é um mercado-chave para nós, representa um volume muito grande”, disse o presidente-executivo da Heineken no Brasil, Mauricio Giamellaro, ao ser questionado sobre o momento para realização do investimento, marcado por um ainda fraco crescimento da economia e fortes turbulências internacionais.
“Um investimento como este não se toma pensando no curto prazo. As duas marcas (Heineken e Amstel) estão crescendo muito aceleradamente no país. A categoria de cervejas no Brasil é extremamente grande. Tem um mercado enorme e consumidores novos entrando na categoria”, disse o executivo. “Basicamente estamos fazendo uma nova cervejaria”, acrescentou.
Em fevereiro, a Heineken, segunda maior cervejaria do mundo, afirmou que os volumes de venda de cerveja do grupo subiram 4,1% no quarto trimestre, puxados por avanços mais fortes no Brasil, Camboja e Vietnã. A Heineken também afirmou na ocasião que o Brasil atualmente é o maior mercado da marca no mundo, na frente de Estados Unidos e da Europa.
O crescimento da Heineken no Brasil tem reduzido a distância para a líder de mercado Ambev, algo acelerado após ter acertado em 2017 a aquisição das operações da japonesa Kirin no país por 1,2 bilhão de dólares. Na época, o negócio dobrou a participação da empresa no mercado brasileiro, para quase 20%.
Segundo ele, um dos grandes objetivos na ampliação da cervejaria no Paraná é o lançamento de novos produtos, incluindo a versão sem álcool da Heineken, que começará a ser vendida no país no segundo trimestre. “Muito do investimento será destinado à Heineken 0,0”, disse o executivo.
O produto já é vendido no México e em mais de 50 países. “Até hoje, cerveja sem álcool era um mercado de nicho. Vamos criar um mercado novo para a cerveja 0,0”, disse Giamellaro, acrescentando que o produto será vendido na mesma faixa de preço da Heineken com álcool.