Carta enviada aos líderes da Câmara de Deputados exige que ajam e mudem as leis imigratórias dos Estados Unidos
Centenas de empresas se somaram à campanha de pressão sobre a Câmara de Deputados para que debata e aprove uma reforma imigratória.
Em uma carta dirigida ao presidente do Congresso, John Boehner (republicano de Iowa) e à deputada Nancy Pelosi (Califórnia), líder da minoria democrata, cerca de 400 empresas incentivam os legisladores a promulgar uma lei que, segundo eles, “traga reformas significativas”.
Empresários, agricultores, câmaras de comércio e industriais destacaram que a atual lei imigratória é “obsoleta” e dificulta o crescimento econômico do país.
A reforma imigratória, realçaram, “ajudará a permitir um crescimento sustentado nas próximas décadas” e indicaram que uma nova lei “servirá para proteger e complementar nossa mão-de-obra”, e isto “gerará maior produtividade”.
A nova atividade econômica gerada com a reforma imigratória levará à “inovações”, à fabricação de novos produtos e à criação de empresas e postos de trabalho em todas as comunidades do país, salienta-se na carta.
Também indicaram que o sistema imigratório vigente há três décadas é “totalmente incapaz de responder a uma economia nacional em constante mudança e a um mercado global hípercompetitivo”.
Detalharam ainda que os problemas registrados com um sistema imigratório obsoleto “cresceram e se multiplicaram” convertendo-se em uma “ameaça emergente para a produtividade, a criatividade e a competitividade dos setores chave de nossa economia”, e citam entre eles as áreas de agricultura, construção, indústria, comércio, hotelaria, turismo, engenharia e tecnología.
Em outra parte da carta, o grupo advertiu que a falta de ação do Congresso “não é uma opção” e não é bom para o país ver como se deteriora toda uma geração de imigrantes. Para evitar que os problemas aumentem, o Congresso deve levar em conta os “benefícios” que a reforma imigratória trará para a economia.
Entre os signatários da carta figuram uma ampla gama de empresas, entre elas, AT&T, IBM, o Instituto da Carne dos Estados Unidos, membros do setor de alta tecnologia, universidades, câmaras de comércio, agricultores, apicultores, pecuaristas e industriais.
O documento foi enviado no momento em que a Câmara de Deputados define se debate uma reforma imigratória integral ou fracionada, como exige a ala ultraconservadora do Partido Republicano que controla esta câmara do legislativo.
Boehner anunciou que não levará ao plenário nenhuma proposta que não tenha o respaldo “da maioria da maioria”, isto é, o apoio de 118 dos 234 republicanos.