Um fungo que se espalha rapidamente em 28 estados representa uma “ameaça urgente” à população e agentes de saúde do país, alertou o CDC em comunicado na última segunda-feira (20). Resistente a medicamentos antifúngicos, a Candida auris pode ser difícil de identificar com testes de laboratório padrão, tornando difícil o tratamento adequado e precoce. Embora o fungo não seja uma ameaça significativa para pessoas saudáveis, os surtos de Candida auris são preocupantes especialmente em ambientes de saúde, onde pode entrar na corrente sanguínea dos pacientes, causando “infecções graves e mortais”. Pessoas doentes, que permanecem no hospital por um longo período e pacientes com dispositivos médicos invasivos como cateteres são os mais vulneráveis.
A Candida auris nem sempre causa infecção e pode ser transportada na pele, permitindo fácil disseminação para outras pessoas. Febre e calafrios que não melhoram após a administração de antibióticos são os sintomas mais comuns. “Os hospitais precisam intensificar e rastrear os pacientes que demonstram resistência a esses medicamentos, isolá-los e estar atento quando se trata de controle de infecções”, disse Lance B. Price, professor de saúde ambiental e ocupacional e fundador do Antibiotic Resistance Action Center na George Washington University, em entrevista ao US Today.
O fungo foi detectado pela primeira vez em 2009 na Ásia e se espalhou rapidamente pelo mundo. Desde que começou a se espalhar nos EUA, em 2015, os casos aumentaram mais de 300%. Nos últimos dois anos, mais de 8 mil casos de Candida auris foram registrados em quase trinta estados, entre eles Flórida, Texas, New York, Nevada, Illinois e Califórnia, regiões apontadas como as mais críticas. Segundo o Centro de Controle e Prevenção de Doenças americano, mais de 1 em cada 3 pacientes morrem de tal infecção.