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CBP defende “deportações expressas” e culpa imigrantes pelo avanço do coronavírus nos EUA

Segundo a Customs and Border Protection (CBP) os imigrantes detidos enquanto cruzam a fronteira ilegalmente são mandados de volta imediatamente, às vezes em apenas duas horas.

US Custom and Border Patrol em operação na fronteira (foto: Jerry Glase/CBP)
US Custom and Border Patrol em operação na fronteira (foto: Jerry Glase/CBP)

O diretor interino da U.S. Customs and Border Protection (CBP), Mark Morgan, defendeu a “deportação expressa” e disse que os imigrantes que tentam entrar ilegalmente nos EUA, são os responsáveis pelos altos índices de Covid-19 no País.

A declaração foi feita na quinta-feira passada, 6 de agosto, durante a apresentação mensal do CBP sobre as prisões nas fronteiras.

“Apesar do perigo representado pela COVID-19, a imigração ilegal continua e coloca em risco a vida dos americanos”, disse Mark.

Segundo o CBP, as detenções na fronteira Sul em julho foram mais que o dobro das de abril, quando a pandemia de Covid-19 estava no início.

Os dados apresentados apontam que as autoridades fronteiriças detiveram 16.162 pessoas (entre adultos, menores e famílias) em abril, contra 38.347 no mês passado.

Mark disse que cerca de 91% dos imigrantes detidos enquanto cruzam a fronteira são mandados de volta quase imediatamente, às vezes em apenas duas horas.

Ativistas da causa imigratória questionaram a prática que o CBP adotou durante a pandemia, expulsando detidos do país em pouco tempo. “Esse modus operandi”, denunciam, “priva os imigrantes de seu devido processo, especialmente aqueles que fogem da perseguição em seus países de origem”.

“Eles viram a oportunidade de aplicar uma estratégia de deportações rápidas que não poderiam ser aplicadas em circunstâncias normais”, disse Fernando García, diretor executivo da Rede de Direitos Humanos da Fronteira de El Paso. 

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