Estados Unidos Geral

Casa Branca volta atrás e indica que portadores de green card não serão afetados pela ordem executiva de Trump

Reince Priebus, chefe de Pessoal do governo, diz em entrevista que medida não impedirá a entrada de residentes permanentes que sejam cidadãos dos países da lista de barrados, mas reitera que agentes da fronteira têm "autoridade discricionária" para agir

Um alto funcionário da Casa Branca parece indicar que uma parte da ordem executiva de Trump imigratória que barrava cidadãos de certos países foi revertida, ao afirmar que os portadores de green card não mais serão afetados pela medida e autorizados a entrar no país, segundo uma reportagem do The New York Times publicada neste domingo (29).

Reince Priebus, chefe de Pessoal da Casa Branca, disse entretanto que os agentes da fronteira têm “autoridade discricionária” para deter e questionar passageiros suspeitos provenientes de certos países. A nota aumenta o nível de incerteza sobre como a ordem executiva será interpretada e seguida durante os próximos dias.

Priebus defendeu as ordens do presidente no programa “Meet the Press”, da NBC, dizendo que ela estava indo bem, protegendo os americanos de ameaças terroristas. Neste domingo, o funcionário parece ter anunciado uma mudança de abordagem, ao afirmar que “no que concerne a portadores de green card, adiante, não os afetará.”

No sábado, por todo mundo, residentes legais dos Estados Unidos portadores de green card foram impedidos de embarcar em voos com destino aos EUA e barrados na chegada aos aeroportos americanos.

Priebus disse várias vezes durante a entrevista à NBC que os portadores de green card não estariam sujeitos às ordens. Mas também indicou que qualquer um, incluindo cidadãos americanos, pode passar por uma verificação mais rigorosa se viajar para qualquer um dos países da lista de sete países barrados por Trump.

“Se você é um cidadão americano viajando frequentemente para a Líbia, provavelmente terá de responder perguntas adicionais quando desembarcar [nos EUA]”, disse o chefe de pessoal.

Priebus disse ainda que os passageiros provenientes dos sete países da lista – Líbia, Iêmen, Síria, Sudão, Somália, Irã e Iraque – estarão “sujeitos, temporariamente, a mais perguntas até que um sistema melhor apareça.”

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