Depois de dois anos suspenso, o Carnaval 2023 promete ser o maior dos últimos tempos, com cerca de 46 milhões de foliões nos tradicionais destinos carnavalescos do Brasil, segundo levantamento do Ministério do Turismo. No Rio de Janeiro (RJ), com uma das maiores festas do país, a Riotur espera atrair 5 milhões de foliões entre os bloquinhos de rua e o desfile na Marquês de Sapucaí. Em São Paulo, espera-se um público de 15 milhões de pessoas curtindo a folia nas ruas da cidade. Já em Salvador (BA), a Secretaria de Turismo Municipal espera receber cerca de 800 mil visitantes, enquanto em Recife (PE), terra do Galo da Madrugada, a prefeitura estima 2 milhões de pessoas nas ruas, entre turistas e moradores.
Em termos financeiros, a festa do Rei Momo deve movimentar R$ 8,18 bilhões em receitas, um resultado 26,9% acima do obtido no ano passado, segundo estimativa da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Mas, mesmo com o fim das restrições de circulação de pessoas, adotadas no período mais crítico da pandemia de Covid-19, o volume de receitas no Carnaval de 2023 deve ficar 3,3% abaixo do registrado em 2020, quando o turismo faturou R$ 8,47 bilhões. “É uma evolução que só não igualou ao Carnaval de 2020 porque as condições econômicas pioraram entre o carnaval de 2022 e o de 2023”, destacou o economista Fabio Bentes, da CNC, à Agência Brasil.
A festividade também deve criar empregos temporários para os brasileiros. A estimativa é de que sejam ofertados cerca de 24,6 mil vagas no período da folia. A maior parte delas deve ser para o segmento de bares e restaurantes, com 4,4 mil oportunidades para cozinheiros e 3,45 mil para auxiliares de cozinha. Os profissionais da limpeza também serão requisitados, com a perspectiva de geração de 2,21 mil vagas.