Dezenas de imigrantes centro-americanos chegaram à cidade de fronteira mexicana de Tijuana, marcharam até San Ysidro e buscam pedir asilo nos Estados Unidos. No domingo (29) à tarde, agentes impediram que 20 migrantes entrassem no País para apresentar a solicitação.
A caravana chamada Via-Crúcis Migrante começou em 25 de março, muitos centro-americanos atravessaram o México a pé, de trem ou ônibus. Depois de muitas dificuldades no trajeto, eles estão acampados em frente à fronteira, esperando ser ouvidos.
Eles afirmam que querem melhores condições de vida para eles e para suas crianças, a salvo da violência e pobreza de seus países de origem. Os organizadores acreditam que a caravana vai atrair a atenção do mundo para o problema da imigração para os EUA. Entre os migrantes que completaram a travessia estão mulheres grávida, em cadeiras de roda, mulheres com crianças pequenas e idosos.
De acordo com a Border Patrol, alguns migrantes da caravana conseguiram pular a cerca e entrar ilegalmente pela fronteira.
Entenda
A campanha, que acontece desde 2010 para dar visibilidade ao dramático percurso dos centro-americanos pelo México, começou com mais de mil pessoas: algumas desistiram, outras permaneceram no México e muitas seguiram a viagem.
Quando as primeiras imagens dos centro-americanos caminhando pelo México foram divulgadas, o presidente Donald Trump pediu a interrupção da caravana, ordenou a mobilização da Guarda Nacional na fronteira e tentou vincular a questão da migração à assinatura de um novo Tratado de Livre Comércio da América do Norte.
O México rejeitou as pressões e se limitou a dar aos migrantes permissões de trânsito de até um mês para que decidissem se solicitariam refúgio no país, retornariam para o próprio país ou seguiriam para os Estados Unidos.
Vale lembrar que conseguir asilo nos EUA é muito difícil e a grande maioria tem o processo negado.