Estados Unidos

Canadense se declara culpada de enviar veneno de ricina a Donald Trump

O envelope com veneno mortal foi interceptado em setembro de 2020 antes de ser entregue ao ex-presidente. A acusada pode pegar cerca de 22 anos de prisão.

Uma mulher canadense se declarou culpada, na quarta-feira (25), de produzir armas biológicas depois de enviar ao ex-presidente Donald Trump uma carta misturada com veneno mortal de ricina. O envelope foi interceptado em setembro de 2020 antes mesmo de ser entregue à Casa Branca. O FBI encontrou as impressões digitais de Pascale Ferrier, 55 anos, na carta que pedia a Trump para desistir da corrida presidencial. Espera-se que Ferrier seja condenada, em abril, a pouco menos de 22 anos de prisão.

Ferrier, que tem dupla cidadania da França e do Canadá, foi presa ao cruzar a fronteira para Buffalo, em New York, em setembro de 2020. Ela carregava uma pistola, faca e cartuchos de munição. Mais tarde, ela admitiu ter produzido ricina, veneno feito a partir de mamona, em sua casa em Quebec, e colocado a substância em cartas endereçadas a Trump e outras autoridades do Texas. “Encontrei um novo nome para você: ‘Palhaço Feio Tirano'”, escreveu ela na carta a Trump, de acordo com os documentos de acusação do FBI.

Não há antídoto conhecido para ricina. Dependendo da dose, a substância pode causar morte dentro de 36 horas, de acordo com os Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA. Em 2014, um homem do Mississippi foi condenado a 25 anos de prisão depois de enviar cartas com ricina ao presidente Barack Obama e outras autoridades.

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