Meta é ser campeão em todas as competições, mas o patrocínio ainda é o problema
Joselina Reis
Com apenas 10 anos, Jonathan Silva, mais do que coleciona medalhas, cinturões e espadas, ele tem um objetivo: ser campeão de UFC (Ultimate Fighting Championship), assim que tiver idade para entrar no ringue. Pelas normas do jiu-jitsu, ele só pode conseguir a tão sonhada faixa preta quando completar dezenove anos, e a partir daí começar no UFC. “Minha faixa preta vai ser um diferencial. Não existe muitos com esse background no UFC”.
Ele e o irmão, Jordan, de 8 anos, já não conseguem manter uma lista atualizada de quantas competições e campeonatos ganharam por toda a Flórida. “O Jonathan deve ter participado de pelo menos umas 60 lutas, ganhando todas, já o Jordan participou de umas 40, ganhou cerca de 30. Porque nós só consideramos ganho as que eles conseguem em primeiro lugar”, enfatiza o pai e treinador, Marcio Silva, de 40 anos, que mantém a disciplina dos filhos como uma maneira de evitar que eles caiam em más companhias.
A técnica tem dado certo. Jonathan treina duas horas por dia e nunca perdeu uma luta. “Quero ser campeão de UFC e levar o nome da nossa academia para o mundo”, garante o menino que está na quarta série e ajuda o pai na academia da família Browler em Deerfield Beach. Para alcançar seu objetivo ele não mede esforços e já treina esporadicamente com adultos.
O pai, que também é campeão em várias modalidades, garante que o treinamento começou como brincadeira quando Jonathan tinha apenas um ano. Desde então, o menino não parou mais e aos três anos ganhou primeiro campeonato contra meninos de cinco anos.
“Quero incentivá-lo no esporte e ele tem vencido todas, é meu orgulho. Inclusive vencendo meninos mais velhos e mais pesados”, lembra.
O irmão caçula, Jordan, de 8 anos, ainda na terceira série, não fica atrás nas conquistas. Ele mal consegue segurar todos os cinturões, mas ganhou vários campeonatos e também quer continuar. “Eu gosto do Jiu-Jiutsu e de viajar com meu pai”, garante.
Com tantas premiações não é de se estranhar que Marcio fique emocionado ao contar sobre o orgulho de ter filhos campeões. “Eu quero oferecer a eles a vida que eu não tive com meu pai”, diz o pai com lágrimas nos olhos.