Sandra Colicino

Câmara dos Vereadores em Nova York critica a força policial em debate de orçamento

Na sexta-feira, dia 18 de março, vereadores da cidade de Nova York se reuniram para discutir o orçamento, diante do comitê do conselho de segurança pública, para o próximo ano fiscal. O valor estipulado pelo prefeito de Nova York, Eric Adams, é de $98.5 bilhões para o ano fiscal de 2023, uma redução de aproximadamente $2 bilhões do orçamento anterior. O prefeito declarou que haverá redução no orçamento em todas as agências governamentais da cidade, exceto para a NYPD, a força policial da cidade.

O criticismo de alguns vereadores baseia-se no fato de que outros departamentos também necessitam de recursos a fim de combater a onda de violência que assola a cidade e a devastação econômica causada pela pandemia.

Recentemente, a cidade vem testemunhando um surto de crimes violentos. Uma grande parte destes crimes está relacionada a indivíduos sofrendo com problemas de saúde mental. Por exemplo, na semana passada a polícia apreendeu um individuo que andava atacando pessoas sem teto nas ruas de Nova York e Washington D.C. Dois moradores de rua morreram em decorrência dos ataques. Por fim, tanto as vítimas quanto o matador tinham histórico de doenças mentais.

Um dos esforços da força policial no momento está direcionada a combater uma onda de crimes no metrô da cidade. A tática é de enviar mais policiais às plataformas e trens a fim de remover moradores de ruas do sistema.

Como resultado desta operação, houve um aumento no número de apreensões por pequenos delitos no metrô.

“Estamos trabalhando duro a fim de restaurar o senso de ordem, calma e segurança dentro do sistema de transporte”, declarou Jason Wilcox, chefe de transporte, durante a discussão junto ao comitê. A reunião também contou com a presença da nova comissária da NYPD, Keechant Sewell, a primeira mulher a ocupar o cargo.

Porém, membros mais progressistas da câmara dos vereadores criticaram a medida, pois afirmam que a operação é muito onerosa e não elimina a criminalidade no transporte e no resto da cidade. Entre eles estão Tiffany Cabán, que representa o distrito 22, no Queens, e Charles Barron, distrito 42, no Brooklyn.

Dos $5.6 bilhões de dólares destinados à policia, cerca de 90% é destinado à folha de pagamento, que arca em grande parte com os custos de aposentadoria dos policiais. A força policial normalmente estrapola o orçamento em indenizações para familiares de pessoas que sofreram abusos nas mãos da polícia. Com isso, o criticismo que a NYPD está recebendo refere-se ao fato de que um super orçamento não necessariamente significa redução de criminalidade, que está em alta no momento, apesar do investimento na polícia.

“Foi dito que a criminalidade aumentou–com $11 bilhões e 50.000 oficiais. A causa de crimes não é falta de policiamento. As causas de crime são pobreza, desemprego, saúde mental, doenças, uso de drogas, falta de moradia e falta de investimento em educação. A resposta para o crime não está no policiamento”, argumentou Barron durante a reunião.

Por último, a NYPD, juntamente com a administração do prefeito Eric Adams, restauraram uma força tarefa controversa, a unidade anti-arma, a fim de reduzir os tiroteios da cidade, que também estão em alta. A unidade é polêmica, pois no passado, foi acusada de usar violência contra membros da sociedade. A finalização do processo de aprovação do orçamento deve ocorrer até o dia 1 de abril.


Governadora de Nova York assina leis contra assédio sexual

A governadora Kathy Hochul assinou a legislação com foco em questões de assédio sexual como parte da celebração do Mês da História da Mulher no Javits Center (Foto: Kevin P. Coughlin/Office of Governor Kathy Hochul)
A governadora Kathy Hochul assinou a legislação com foco em questões de assédio sexual como parte da celebração do Mês da História da Mulher no Javits Center (Foto: Kevin P. Coughlin/Office of Governor Kathy Hochul)

Na quarta-feira do dia 16 de março, a governadora de Nova York, Kathy Hochul, assinou 3 leis que combatem assedio sexual no ambiente de trabalho, durante coletiva de imprensa em Manhattan.

A primeira das leis encerra a prática de “licença para assediar”, que isentava funcionários de oficiais eleitos de políticas anti-assédio, que afetam a maioria dos Nova Yorkinos, aprovadas desde 2019 pelo então governador, Andrew Cuomo.

Houve outras 2 leis que foram aprovadas na mesma ocasião. Uma cria uma hotline para que as pessoas possam denunciar crimes de assédio sexual, tanto em órgãos públicos, quanto em empresas do setor privado. A última das leis faz com que a divulgacão de informações pessoais de vítimas de assédio sexual seja um crime de violação à lei de direitos humanos do estado de Nova York.

“Este é um novo dia para Nova York”, declarou Hochul durante o evento. A governadora é a primeira mulher a ocupar o cargo no estado e tomou o posto no ano passado quando o governador Andrew Cuomo renunciou mediante acusações de assédio sexual, entre outras. Hochul ainda anunciou a criação de um departamento de recursos humanos independente a fim de lidar com assuntos de assédio sexual, algo que não existia durante a administração anterior.

“Todos têm direito a um local de trabalho seguro, onde todos são valorizados e respeitados”, completou Hochul.

Os deputados estaduais Yuh-Line Niou e Jessica Gonzalez-Rojas, juntamente com os senadores estaduais Alessandra Biaggi e Jessica Gonzalez-Rojas, que co-patrocinaram a lei, sentiram a urgência de proteger seus funcionários da isenção de responsabilidade em casos de assédio sexual praticado por oficiais em cargos públicos.

“Já estava na hora de fechar a brecha. Quando aprovamos a histórica legislação de proteção contra assédio sexual nos locais de trabalho em 2019, os líderes estaduais se auto-isentaram”, declarou Niou.

O mais recente precedente para a lei de privacidade das vítimas refere-se ao fato de Cuomo ter divulgado os dados de uma das vítimas que o havia acusado de comportamento inapropriado.

Ao aprovar emendas à legislação, Hochul cumpre a promessa de erradicar a cultura de assédio sexual no governo estadual.


Nova pista de patinação será inaugurada no Rockefeller Center

Preparativos para a pista de patinação do Rockefeller Center (Foto: Sandra Colicino)
Preparativos para a pista de patinação do Rockefeller Center (Foto: Sandra Colicino)

Para quem mora em Nova York, todos sabem que a região de Midtown é a região que deve-se evitar, devido à existência de tantas atrações turísticas. Para os fãs de patinação essa realidade está prestes a mudar.

A partir do dia 15 de abril, acontecerá a abertura da Flipper’s Roller Boogie Pallace, onde estava até domingo, 20 de março, a tradicional pista de ice skating, que encerrou sua temporada de inverno.

São mais de 80 anos desde que o Rockefeller Plaza recebia um espaço destes. O projeto é trazido à Grande Maça pelos mesmo idealizadores da icônica pista de patinação Flipper’s em West Hollywood, inaugurada em 1979, por Flipper Ross. Em seus primórdios, recebia celebridades tais como Jane Fonda, Jean-Michael Basquiat e até mesmo Laura Dern. Exibia murais de John Kosh, o famoso artista responsável pela capa do álbum Abbey Road, dos Beatles

A versão de Nova York é trazida pela filha de Ross, Liberty Ross. Além da pista, que será menor do que a pista de ice skating, também contará com espaços para pequenos eventos, tais como apresentação de DJs e música ao vivo, além de oportunidade de lojas e restaurantes.

Os ingressos, que já estão à venda no website, variam de $20, sem o aluguel do skate a $30 com aluguel. Crianças pagarão $22, com aluguel, $12 sem

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