O governador da Califórnia, Jerry Brown, assinou na segunda-feira (10) a lei que aumenta em 50% o salário mínimo no estado, que vai passar de $10 para $15 por hora até 2022.
A lei foi costurada através de um acordo entre parlamentares Democratas e lideranças de classe. Ao adotar a medida, a Califórnia junta-se a New York como os primeiros estados americanos a estabelecer um plano de metas para o aumento do salário mínimo. O governador de New York, Andrew Cuomo, assinou uma lei semelhante no seu estado apenas horas antes do seu colega da Califórnia. Os dois governadores são Democratas e os dois estados estão entre os três mais ricos do País.
Brown foi pressionado pela opinião pública no estado favorável à medida e pelo aumento da preocupação geral com a desigualdade social. As pesquisas indicaram um maciço apoio popular ao aumento no salário.
O compromisso inclui uma cláusula que permite ao governo adiar o aumento caso haja alguma crise econômica mais grave.
“Moral, social e politicamente falando, os (salários mínimos) fazem todo sentido, porque une a comunidade e assegura que os pais possam cuidar melhor de seus filhos”, disse Brown.
Os aumentos na Califórnia e em New York repercutiram nacionalmente. A candidata derrotada à presidência, Hillary Clinton, apareceu ao lado de Cuomo em uma cerimônia pelo aumento, e o seu rival nas primárias Democratas, Bernie Sanders, disse em nota que estave “orgulhoso que dois dos nossos maiores estados aumentarão seus salários mínimos para $15 por hora”.