A fronteira entre os Estados Unidos e o México tem registrado uma queda drástica nas apreensões de migrantes, com números reportando até 91% a menos de detenções em comparação com o mesmo período do ano passado. Patrulhas têm relatado dias sem atividades significativas, com uma redução notável no número de apreensões: de 1.200 por semana no final de janeiro, para cerca de 450 na primeira semana de fevereiro, de acordo com o chefe da Patrulha de Fronteira em Tucson, Sean McGoffin. ‘Certamente, a certeza de ser preso e deportado mudou o comportamento de muitos migrantes’, afirmou McGoffin.
Os números de migrantes que chegam às cidades e abrigos também refletem essa diminuição. Em McAllen, Texas, um abrigo que tinha 97 migrantes no dia 20 de janeiro viu sua população cair para apenas nove no final de janeiro. Em San Antonio, um espaço administrado pela Catholic Charities anunciou o fechamento devido à falta de novos encaminhados. A diminuição é atribuída tanto ao endurecimento das políticas de imigração quanto ao fechamento das portas para os pedidos de asilo.
Além disso, a administração Trump enviou mais de 1.500 tropas adicionais para a fronteira, reforçando o controle nas áreas de Califórnia, Texas e Arizona. As tropas auxiliam na patrulha e no monitoramento das barreiras fronteiriças, enquanto a Patrulha de Fronteira se concentra mais no combate ao tráfico de drogas e na captura de criminosos. E muitas dessas tropas têm se encontrado com pouca atividade, de acordo com fontes como o Military.com.
Apesar da queda no número de migrantes, a situação ainda preocupa pois houve aumento das travessias ilegais em áreas remotas e perigosas, como o deserto do Arizona. Voluntários humanitários e migrantes relataram que alguns ainda se arriscam a fazer essa travessia, acreditando que, apesar das novas políticas, há chances de serem aceitos ou obterem algum tipo de permissão para permanecer no país.
Com informações do New York Times.
