O presidente americano, George W. Bush, determinou uma nova política espacial que fixa a defesa como uma prioridade e reserva aos EUA o direito de negar o acesso ao espaço de países que considerar “adversários”.
O objetivo é iniciar uma nova política estratégica espacial para substituir a aprovada há dez anos pela administração do ex-presidente Bill Clinton (1993-2001).
Nova política
A nova política enfatiza a segurança, mas também incentiva o desenvolvimento do setor privado no âmbito espacial.
Segundo o jornal Washington Post, as principais metas que a política estabelece são “fortalecer a liderança espacial do país, garantir que a capacidade espacial permita melhorar a segurança nacional dos EUA e alcançar objetivos de política externa”. Também prioriza “permitir as operações dos EUA sem obstáculos pelo espaço, a fim de defender os interesses do país”.
Com esse objetivo, o documento instrui o secretário de Defesa americano a “desenvolver capacidades, planos e opções que garantam a liberdade de ação no espaço e, se assim for ordenado, negar essa mesma liberdade de ação aos adversários”.
“A liberdade de ação no espaço é tão importante para os EUA como o poder aéreo ou o marítimo”, diz o documento.
Novos regimes
O jornal acrescenta que “EUA serão contra o desenvolvimento de novos regimes legais ou outras restrições que busquem proibir ou limitar o acesso ou o uso dos EUA ao espaço”.
“Possíveis acordos sobre controle de armamento ou outro tipo de restrições não devem limitar os direitos dos EUA a realizar pesquisas, testes e operações ou outras atividades no espaço em benefício do país”, afirma.
O governo, segundo o jornal, afirma que esta nova estratégia não representa um passo adiante para colocar no espaço um sistema defensivo.
Segundo informa o “Post”, um alto funcionário que não quis ser identificado, “essa política não tenta desenvolver ou colocar armas no espaço”. Membros do Congresso e outros governos, entre eles a Rússia, teriam sido informados.