Milhares de brasileiros nos 26 estados e no Distrito Federal saíram às ruas neste sábado (29), para protestar contra o presidente Jair Bolsonaro.
As manifestações aconteceram em um momento em que Bolsonaro registra um dos menores índices de popularidade desde o início do seu mandato – apenas 33% dos brasileiros aprovam o presidente, segundo a mais recente pesquisa Data Poder.
Entre as principais reivindicações dos manifestantes estavam a aceleração no ritmo da vacinação contra a covid-19, a volta do auxílio emergencial de R$600 e o impeachment do mandatário.
A convocação dos atos foi marcada pelo risco de provocar aglomerações em meio à pandemia. Mas, segundo os organizadores, os participantes foram instruídos a usar máscaras e álcool gel. Pelas redes sociais, a frase “Bolsonaro é pior que o vírus” foi usada para encorajar os pessoas a comparecerem.
A capital de São Paulo (SP), foi a que registrou a maior concentração de manifestantes que chegaram a ocupar dez quarteirões na Avenida Paulista.
No Rio de Janeiro (RJ), a passeata começou na Praça Mauá e seguiu pela Avenida Presidente Vargas, em direção à Candelária.
No Recife, a polícia atirou balas de borracha e lançou gás lacrimogêneo contra os participantes no centro da cidade. Dois homens foram foram atingidos nos olhos e ambos correm o risco de perder a visão. O governador de Pernambuco, Paulo Câmara, afirmou que o comandante da operação e quatro policiais militares envolvidos serão afastados.
Em Brasília, os manisfestantes se encontraram na Esplanada dos Ministérios e marcharam até o Congresso Nacional. Barreiras policiais foram montadas e bolsas e mochilas revistadas.
Os atos em todo o Brasil também repercutiram na mídia internacional. O New York Post ressaltou que “o líder de extrema direita se recusou a impor toques de recolher e lockdowns generalizados no país”.
Já o britânico The Guardian destacou que “dezenas de milhares de brasileiros marcham para exigir o impeachment de Bolsonaro”.
Nem Bolsonaro nem a Secretaria de Imprensa da Presidência da República do Brasil comentaram as manifestações até o momento.