A Black Friday é caracterizada nos Estados Unidos por grandes descontos aplicados a mercadorias vendidas por grandes varejistas. No Brasil, contudo, a promoção não parece funcionar bem assim. De acordo com números divulgados na segunda (30) pelo órgão de defesa do consumidor de São Paulo, o Procon-SP, a maioria dos problemas relatados durante a Black Friday foram sobre maquiagem de descontos. As reclamações sobre esse tema totalizaram 28,3% das recebidas pelo Procon-SP.
O dado coincide com o balanço do “Reclame Aqui”, que divulgou no sábado (28) que o maior motivo das queixas deste ano foi propaganda enganosa, com 36,2% das reclamações. Outros 9,1% dos consumidores reclamaram de problemas para finalizar a compra. O terceiro maior motivo de queixa se deve à divergência de valores, com 7,1%. Já os demais problemas relatatos ao Procon-SP foram produto ou serviço indisponível (26%), mudança de preço ao finalizar a compra (16,4%) e site intermitente (5,1%).
Nos EUA, online imperou
Já nos EUA, a promoção mostrou que vem perdendo relevância, com o público americano preferindo comprar durante a chamada Cyber Monday, adquirindo artigos de forma online.
Segundo a agência de notícias EFE, a Black Friday americana marcada por multidões menores nas lojas devido à preferência dos consumidores pelo comércio eletrônico e por causa da antecipação das compras na quinta-feira (26), véspera do Thanksgiving.
Na quinta-feira foi batido o recorde de vendas pela internet em descontos da Black Friday, com $1,730 bilhão, 25% a mais que no ano passado, segundo dados da Adobe Digital Index, que registra os dados dos grandes estabelecimentos em tempo real. As vendas por celular, facilitadas pelos aplicativos das grandes redes, se confirmam como a grande tendência de alta, com 22% das compras neste ano contra 14% de 2014.