Um grupo de sete brasileiros foi preso na província de Verbania e Novara, na região de Piemonte, Norte da Itália, na terça-feira (26). Eles são acusados de falsificar documentos para obtenção de cidadania italiana. A polícia do país europeu, que investiga o caso há um ano, apura ainda a possível participação de um padre italiano, de uma paróquia de Pádua, no esquema.
De acordo com as investigações, pelo menos 800 falsas cidadanias italianas de brasileiros foram obtidas por meio do esquema que, segundo apurações preliminares, movimentou cerca de 5 milhões de euros. Os documentos falsos deverão ser imediatamente revogados.
A investigação identificou que o esquema envolvia fraudes em cartórios de tal forma que os brasileiros aparecessem como moradores das províncias de Verbania e Novara.
A operação, batizada de Super Santos, foi coordenada pelo procurador Sveva de Liguoro, após a prefeitura de Macugnaga desconfiar do elevado número de brasileiros residentes na cidade. As investigações duraram mais de um ano. O grupo gerenciava cerca de 60 apartamentos em cidades como Verbania e Novara, onde acomodavam os solicitantes de cidadania.
Segundo a emissora Rai, os criminosos mesclavam a atividade ilícita com as agências de turismo que administravam. Eles cobravam cerca de € 7 mil para um pacote que incluía a confecção dos documentos falsos, a residência na Itália, o auxílio no processo para a solicitação de cidadania e passeios turísticos. No ano passado, a pequena cidade de Ospedaletto Lodigiano, na Lombardia, cancelou a cidadania de 1.180 brasileiros após descobrir fraudes no processo. (Com informações do EM e Estadão Conteúdo)