Estudantes estrangeiros estão apreensivos sobre como as mudanças nas políticas migratórias do presidente eleito Donald Trump afetarão sua permanência nos Estados Unidos.
Universidades americanas emitiram alertas recomendando que estudantes estrangeiros reconsiderem viagens durante o recesso de fim de ano, preocupados com potenciais dificuldades para retornar ao país após a posse de Trump, marcada para 20 de janeiro.
Essa incerteza tem feito vários estudantes brasileiros desistirem de passar as festas de fim de ano no Brasil por receio de não conseguir voltar para concluir os estudos. Alguns temem ainda cortes no financiamento de pesquisa, já que muitos acadêmicos internacionais dependem de bolsas provenientes do governo americano.
A Universidade Amherst (UMass) e o Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) recomendaram aos alunos estrangeiros com viagem planejada que tenham toda a documentação regularizada. A preocupação se baseia nos decretos que restringiram a entrada de cidadãos de sete países, a maioria muçulmano, assinados por Trump nos primeiros dias de seu primeiro mandato.
Com mais de 41 mil brasileiros matriculados em universidades americanas, a comunidade acadêmica teme que restrições migratórias dificultem ainda mais a permanência de estudantes estrangeiros. Apesar do clima de incerteza, especialistas afirmam que medidas extremas contra esses imigrantes são pouco prováveis, pois é de interesse do governo manter estudantes e pesquisadores no país, especialmente em áreas como ciência e tecnologia.
