Onze pessoas, entre elas dois brasileiros, estão sendo acusados de criar uma agência de casamentos falsos entre imigrantes e cidadãos americanos para a obtenção de green cards de forma fraudulenta. O grupo atuava na Califórnia.
De acordo com informações do Departamento de Justiça, o grupo teria arranjado centenas de casamentos falsos com o objetivo de burlar o sistema imigratório.
Os brasileiros acusados são Peterson Souza, de 34 anos, e Karina Santos, de 24 anos. Os demais são cidadãos das Filipinas e americanos. Dos 11 acusados, oito foram presos e vão se apresentar à Corte Central District da Califórnia em data a ser agendada.
Esquema
Segundo a acusação, o grupo cobrava entre $20 e $30 mil em dinheiro para casar imigrantes com americanos. A maioria dos clientes são da Califórnia e outros de Massachusetts. A “agência” se encarregava de falsificar fotos e documentos para convencer o governo de que o casamento era verdadeiro.
“Promover ou participar de casamentos fraudulentos é considerado um crime grave, que ameaça a integridade do nosso sistema imigratório. Esses réus exploraram e fraudaram o sistema buscando lucro. Esse comportamento fraudulento prejudica imigrantes de boa fé que se casam com cidadãos americanos”, escreveu o DOJ.
De acordo com a denúncia Hammer, Duckett, Loya e a brasileira Karina serviram como “corretores” que recrutaram cidadãos dos EUA dispostos a se casar com clientes em troca de uma taxa e pagamentos mensais dos cônjuges após o casamento até que o cliente obtivesse o status de residente permanente legal.
A acusação alega, ainda, que Karina e Capindo David encaminharam potenciais clientes estrangeiros para a agência por uma comissão de cerca de US$ 2.000 por indicação.