Um brasileiro trabalhou mais de 20 anos como comissário de bordo da companhia aérea United Airlines usando a identidade de uma criança americana morta na década de 70. Ele foi preso por diversos crimes de falsidade ideológica.
O caso veio à tona esta semana depois que a Corte Federal em Houston, Texas, formalizou a acusação contra Ricardo Cesar Guedes, que estava usando a identidade de William Ericson Ladd, morto em 1979.
A criança nasceu em 1974 e morreu em um acidente de carro cinco anos depois no estado de Washington. A mãe, Debra Hays, confirmou o nascimento e morte da criança a agentes federais em julho de 2021.
Investigadores disseram que o brasileiro acusado nasceu em São Paulo em 1972 e assumiu a identidade de Ladd em 1998. Ele requereu um passaporte americano usando os dados de Ladd e desde então renovou o passaporte por seis vezes com o nome falso. Em dezembro de 2020, o Departamento de Estado identificou a fraude.
A partir dessa data, uma investigação criminal teve início e os agentes conseguiram encontrar a identidade de Guedes no Brasil a partir de suas impressões digitais coletadas para fazer o seu documento de identificação brasileiro na década de 90. As digitais foram comparadas e foram compatíveis com a americana e a fraude foi descoberta.
A United Airlines dispensou o funcionário. “A United tem um processo rigoroso de verificação de novos empregados que são de acordo com as exigências federais”, informou a empresa.
O brasileiro vai responder por crimes de falsidade ideológica, por mentir na aplicação para o passaporte, por se passar por um cidadão americano e por entrar no aeroporto utilizando documentos falsos. Ele foi preso no aeroporto. (Com informações do Business Insider)