Da Redação, com SunSentinel – O que era para ser uma celebração entre Bernardo e Eric Elbaz, casados há um ano, terminou em tragédia na última sexta-feira (6) quando Bernardo despencou do navio e desapareceu em alto-mar. O casal viajou para comemorar o aniversário de Eric, 34 anos. Testemunhas disseram que Bernardo, de 31 anos, teria se jogado, conseguido se segurar num bote do navio, caindo em seguida no mar.
A Guarda Costeira americana suspendeu as buscas no sábado (7). A busca feita por equipes em aviões e helicópteros cobriu uma área de 931 milhas náuticas quadradas, disse a guarda-costeira.
De acordo com informações do SunSentinel, Bernardo era produtor de vídeo e vivia com o marido em New York. A equipe do navio Royal Caribbean informou que funcionários tentaram acalmar o brasileiro, mas o esforço foi em vão. O advogado da família da vítima, Michael Winkleman afirmou que Bernardo não teve a intenção de se atirar no mar.
Segundo o advogado, Eric disse que, antes da tragédia, o casal teria sido vítima de comentários homofóbicos no bar do hotel. “Eric voltou para o quarto, Bernardo ficou no bar e houve uma briga causada pelos comentários homofóbicos”, disse Winkleman. Quando o brasileiro retornou ao quarto, “ele estava visivelmente transtornado, com raiva e começou a atirar objetos dentro do quarto”. Quando os seguranças foram ao quarto, a discussão continuou. A porta da cabine do casal estava aberta e Bernardo caiu, ainda segundo o advogado.
“Nós temos um vídeo, chocante e inacreditável, em que podemos saber o que realmente aconteceu naquela noite”, disse o advogado. No vídeo que foi removido do Youtube, Bernardo é visto pendurado com as pernas do lado de fora do navio e os funcionários tentando puxá-lo de volta. “Segura ele, não deixa ele cair”, é possível ouvir um passageiro gritando. “Meu marido, meu Deus, segura ele”, gritou Eric desesperado.
A Royal Caribbean disse em comunicado que lamenta profundamente o ocorrido e afirmou que está oferecendo todo o suporte para a família. Os familiares de Bernardo Elbaz vivem no Brasil e fizeram um apelo à Guarda Costeira para retomar as buscas.