Histórico

Brasileiro pode pegar pena de morte por triplo assassinanto

Corpos do casal de missionários ainda não foram encontrados no rio Missouri. Apenas o do filho foi achado

O brasileiro José Carlos Oliveira Coutinho, acusado de ser o mentor do assassinato da família de missionários brasileiros Vanderlei Szczepanik, a esposa Jaqueline Szczepanik e o filho deles Christopher Szczepanik, de 7 anos, pode pegar a pena de morte. O crime aconteceu em dezembro de 2009, e o julgamento começa nos próximos dias. O caso voltou a ser manchete esta semana na região onde aconteceram os crimes, na cidade de Omaha, Nebraska, porque a corte está entrevistando os jurados.

A família de missionários brasileiros morava na Flórida e foi transferida pelos dirigentes da igreja em 2005 para a cidade de Omaha, onde Vanderlei transformaria uma antiga escola em um campus de treinamento para membros da sua religião.

Vanderlei Szczepanik contratou Coutinho, Elias Lourenço Batista e Valdeir Gonçalves Santos para trabalhar na reforma do prédio. Segundo testemunho da filha mais velha do casal, Tatiane Klein, que estava no Brasil na época do crime, José Coutinho trabalhou para o pai por quase cinco anos e era considerado como um membro da família.

Segundo testemunho de Valdeir Santos, Coutinho foi o mentor dos assassinatos e cometeu o crime porque estava irritado com Vanderlei Szczepanik devido a pagamentos de serviço de construção. Santos, sua esposa e a esposa de Coutinho estão entre as testemunhas de acusação.

Os três foram presos, depois que Coutinho começou a fazer saques da conta bancária da família. Valdeir continua preso, mas Elias teria sido deportado. A acusação vai pedir pena de morte para Coutinho, porém a defesa disse à imprensa que acredita em pena máxima de 20 anos, com saída em 10 anos por bom comportamento.

Crime

A violência do crime chocou a comunidade local em dezembro de 2009. De acordo com dados da polícia na época e detalhes dos depoimentos dos dois acusados, Coutinho espancou Vanderlei Szczepanik até a morte com um bastão de beisebol. Depois disso, enforcou a esposa Jaqueline Szczepanik e o filho deles, Christopher Szczepanik, de 7 anos.

Os corpos foram jogados no rio Missouri e apenas o do garoto foi encontro quase dois anos depois. Testes de DNA comprovaram que os ossos encontrados eram de Christopher. Autoridades ainda acreditam que os corpos dos pais do garoto serão encontrados algum dia, entretanto devido às constantes enchentes e ao tamanho do rio, o maior dos Estados Unidos, as buscas foram encerradas.

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