Edmar Alves Araújo era de Ipatinga e tinha contra si uma ordem de deportação. Ele faleceu depois de um ataque de epilepsia, porque não tomou a medicação
O mineiro Edmar Alves Araújo, de 34 anos, morreu sob a custódia de policiais norte-americanos, no estado de Rhode Island. O brasileiro havia sido detido horas antes em uma blitz de trânsito e as autoridades descobriram que havia uma ordem de deportação expedida em nome dele. De acordo com denúncias da família de Edmar, ele teria morrido depois de um ataque de epilepsia provocado pela falta de remédios para controle da doença.
A irmã da vítima, Irene Araújo, contou que chegou a comparecer à delegacia de Woonsocket, onde Edmar estava, para entregar a medicação, mas foi proibida de fazê-lo pelas autoridades. “Eu disse a eles que ele não poderia passar nenhum dia sem o Gardenal, mas eles responderam que ele próprio deveria informar sua condição”, relatou Irene ao jornal Boston Globe. O Ministério das Relações Exteriores já tomou conhecimento do ocorrido e vai prestar a assistência necessária para a liberação do corpo. A família pediu ainda que o governo brasileiro acompanhe de perto as investigações sobre o caso.
Edmar tinha 34 anos e a ordem de deportação em seu nome era datada de 2002, exatamente o ano em que ele chegou aos Estados Unidos. Ele trabalhava como frentista e pintor na cidade de Milford, em Massachusetts. O brasileiro tinha ainda um filho, que morava na Itália, e um família grande, com nove irmãos, em Ipatinga (MG). A porta-voz do Departamento de Imigração, Paula Grenier, disse que o mineiro chegou a ser levado ao Hospital de Rhode Island, onde morreu. A autópsia, que ficará pronta em três meses, determinará a causa da morte do brasileiro.
