DA REDAÇÃO, COM BRAZILIAN VOICE – O brasileiro Marcelo de Castro, de 39 anos, natural de São Paulo, tem até o dia 23 de julho para deixar o País. Marcelo vive há 14 anos nos EUA, os filhos dele, todos nascidos nos Estados Unidos, têm 13, 11, 6 e três anos de idade e ele trabalha no ramo da construção civil. Agora ele luta para não ser deportado.
A história de Marcelo começou em 2004 quando ele tentou entrar clandestinamente no Texas escondido no interior de um caminhão. Entretanto, patrulheiros desconfiaram da carga e vasculharam o veículo, prendendo Marcelo e outros ocupantes. Após ser autuado pelas autoridades americanas e ficar 2 meses detido, ele foi deportado em 3 de agosto. Determinado a entrar nos EUA, em novembro do mesmo ano, ele tentou a mesma travessia arriscada; desta vez com sucesso.
Uma vez no país, Castro mudou-se para o sul de New Jersey, onde se especializou na construção civil, casou-se e teve quatro filhos. Entretanto, em 29 de setembro de 2012, uma discussão com a esposa grávida de 7 meses mudaria radicalmente a vida do brasileiro. Durante o incidente, na frente dos filhos, ela teria contatado a polícia. Marcelo foi levado à delegacia sob a suspeita de violência doméstica e, uma vez no local, os policiais descobriram que ele era indocumentado e, então, acionaram as autoridades migratórias.
Os agentes do Departamento de Imigração (ICE) transferiram Castro para o Centro de Detenções na cidade de Elisabeth, onde ele ficou detido durante 2 meses. Posteriormente, ele foi levado para a Penitenciária do Condado de Essex, na Doremus Avenue, em Newark, onde ficou preso durante 2 anos, sendo liberado em 26 de novembro de 2014.
A partir daí, Marcelo tinha que se apresentar regularmente a um escritório do ICE, no sul de New Jersey. Entretanto, em 2017, logo após tomar posse, o Presidente Donald Trump assinou um decreto criminalizando todos os imigrantes indocumentados nos EUA e a situação de estrangeiros como Castro mudou radicalmente. Na última visita ao escritório do ICE, os agentes federais colocaram um monitor GPS em um dos tornozelos dele e o informaram que ele deveria comprar uma passagem aérea de volta ao Brasil e ele tem até 23 de julho para sair dos EUA.