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Brasileiro ganha prêmio de melhor diretor em universidade da Califórnia

O paulistano Will Mazzola recebeu o reconhecimento da UCLAxFilm Festival pelo curta-metragem "Andean Condor"

Cineasta de São Paulo, Will Mazzola recentemente ganhou destaque ao ser premiado como “Melhor Diretor” no UCLAxFilm Festival, realizado na Universidade da Califórnia em Los Angeles (UCLA). Seu curta-metragem “Andean Condor”, filmado na Argentina, narra a jornada de Maril, uma jovem em busca de significado em Ushuaia, conhecida como “A Cidade do Fim do Mundo”. Mazzola explora temas de renovação e perspectiva pessoal, refletidos na história da protagonista, que descobre que o conceito de fim e começo são relativos.

Com vasto histórico em premiações audiovisuais, o brasileiro conta que o curta, lançado em 2019, enfrentou desafios para chegar nas telas, primeiro com o adiamento de festivais durante a pandemia e, mais tarde, com a greve que parou a indústria do cinema em Hollywood. “Como um condor-dos-andes – ave considerada imortal na mitologia inca, que dá nome ao filme – o projeto renasceu e acabou sendo agraciado pelo júri norte-americano em 2024”, celebrou o diretor.

Em julho, o brasileiro entra em outra competição nos EUA, dessa vez com o curta-metragem “Johnny Malibu”, que concorre no festival LA Shorts International Film Festival, em Los Angeles. O projeto tem produção de Bia Gallo e Maju Cancella, da Muse.

Will Mazzola representa uma pequena fração de latino-americanos ganhando espaço no mercado audiovisual nos Estados Unidos. Apesar de ser o maior grupo minoritário no país, representando 19% da população, os latinos aparecem sub-representados tanto na mídia quanto nas produções de filmes e televisão.

De acordo com um estudo da Annenberg Inclusion Initiative da Universidade da Califórnia, os dados não melhoraram nos últimos 16 anos. Em quase duas décadas, apenas 75 atores em papéis principais ou co-principais eram latinos, o que significa que a representação de atores de origem latina em Hollywood é de apenas 4,4%. 

A falta de representação é ainda maior em posições como diretor, produtor e roteirista. Nessas árease, os latinos compõem apenas 1% nas produções de TV aberta e 5% nas plataformas de streaming, segundo dados da McKinsey.

“Pouco a pouco, o cinema latino-americano ganha espaço nos Estados Unidos por sua riqueza cultural e narrativa única, revelando histórias profundas e diversificadas. Com cineastas talentosos e produções que ressoam mundialmente, contribuímos com a diversidade cinematográfica e enriquecemos o panorama cultural americano”, afirmou Mazzola.

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