Walter Orthmann começou a trabalhar em uma empresa de tecidos no Vale do Itajaí, em Santa Catarina, quando tinha 16 anos. Em abril, ele completou cem anos de idade e 84 como funcionário da fábrica. O tempo de dedicação a uma mesma companhia deu ao brasileiro o título de funcionário mais antigo do mundo, segundo o Guinness Book, o livro de recordes.
Orthmann descende de família alemã que chegou ao país sul americano na década de 1920. Ele foi contratado em 1938, graças à sua proficiência no idioma alemão, que o garantiu um emprego como ajudante de expedição. Pouco tempo depois, foi promovido a office-boy, assistente administrativo e gerente de vendas, função que ocupa até hoje. “Eu viajei para São Paulo e em menos de uma semana consegui pedidos equivalentes a três meses de trabalho”, disse ele em comunicado à imprensa.
Na década de 1950, começou a viajar pelo país, estabelecendo relações com clientes que se tornaram seus amigos. Para ele, ter um emprego significa um senso de “propósito, compromisso e rotina”. “Eu não faço muito planejamento, nem me importo muito com o amanhã”, declarou Orthmann. “Tudo o que me importa é que amanhã será outro dia em que vou acordar, me levantar, me exercitar e ir trabalhar”, completou.
Antes de entrar para o quadro de funcionário da fábrica de tecidos, ele trabalhava na roça, plantando mandioca. Para ir à escola, andava cerca de cinco quilômetros diariamente. Atualmente, vai de carro até a empresa onde trabalha de segunda a sexta, tem um smartphone e um tablet.
A empresa onde Walter Orthmann trabalha realizou um evento para cerca de 700 pessoas comemorarem o centenário do recordista.