Rafael Pinson, 32, foi preso no dia 29 de dezembro de 2020 após uma funcionária do Walmart de Turkey Lake, em Orlando, na Flórida, o acusar de ter roubado uma bandeja de carne moída.
Segundo o noivo de Rafael, Erik Gomes, ele havia efetuado compras no valor total de $200 dólares, mas ao escanear este único produto que não chegou a ser registrado, a funcionária suspeitou de furto e acionou a polícia.
“Duas mulheres brancas o pararam, ele é moreno, elas o levaram para uma sala e disseram que ele escaneou muito rápido a embalagem de carne e, mesmo se oferecendo para pagar porque poderia ter sido um erro da máquina, ela disse que ele era imigrante que só vem pra cá para roubar e chamou a polícia”, contou Erik ao AcheiUSA.
Rafael foi levado para o Orange County Corrections Department, onde foi estipulada uma fiança de $250. A fiança foi paga, mas, por não estar com seus status regularizado no país, os agentes do Immigration and Customs Enforcement (ICE), já o aguardavam para conduzi-lo para o Broward Detention Center, em Pompano Beach.
“Eu fui correndo para a cadeia onde ele estava, paguei a fiança e era pra ele ser liberado, mas antes disso o ICE já o levou e não o vi mais”, lamenta o noivo.
Amigos de Rafael se juntaram para ajudar no pagamento de um advogado criminal em Orlando e um advogado de imigração em Miami, na expectativa de que eles consigam a liberação do brasileiro até o dia do julgamento na Corte, agendado para 4 de fevereiro. Apenas os honorários do advogado de imigração, de acordo Erik, chegam a oito mil dólares.
“Precisamos tirá-lo de lá. Ele está sofrendo, o lugar é frio. É horrível”, diz o companheiro.
Uma conta no site de arrecadação online Gofundme foi criada com o objetivo de arrecadar $15 mil para as custas judiciais. Até esta terça-feira (12), eles haviam arrecadado $1,859.
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Rafael Pinson é natural de Indaiatuba (São Paulo) e mora nos EUA há dois anos.