Acusado de matar criança só foi deportado porque mesmo após anos vivendo nos EUA ainda não havia se naturalizado
Pernambucano foi deportado por crime cometido há 25 anos
DA REDAÇÃO (com G1) – Um pernambuco procurado desde 1991 pela Polícia Federal de Pernambuco foi encontrado nos Estados Unidos e deportado para o Brasil nesta semana. Depois de ser preso pela Interpol, ele chegou ao Recife na terça-feira (5) e foi levado para o Centro de Triagem Professor Everardo Luna (Cotel), em Abreu e Lima, para cumprir o mandado de prisão preventiva expedido há 24 anos. Segundo a PF, o homem é acusado de arremessar um menino de 13 anos no Rio Capibaribe – a criança morreu.
O crime aconteceu em 29 de maio de maio de 1990 na Ponte da Imperatriz, no bairro da Boa Vista, área central do Recife. O menino não conseguiu sair da água e morreu afogado. Segundo a Polícia Federal, o inquérito expedido pela polícia na época afirma que o homem partiu para cima da criança de forma repentina. O menor estaria cheirando cola, o acusado viu, tirou o tubo de suas mãos e o jogou no rio.
Testemunhas teriam confirmado a história. Por isso, em outubro do ano seguinte, a polícia decretou a prisão preventiva do acusado. Como ele estava foragido, o processo correu à revelia e a PF colocou seu nome no sistema vermelho da Interpol.
O homem só foi encontrado recentemente no Texas, nos Estados Unidos. Aos 53 anos, ele estava trabalhando, casado e com dois filhos. No entanto, ainda não tinha a naturalização americana. Por isso, pode ser deportado.
Chegada ao Brasil
Depois de preso pela Interpol, foi conduzido para o Brasil por oficiais da Polícia de Imigração e Alfândega dos Estados Unidos. Eles saíram dos Texas na noite de segunda e chegaram ao Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, na manhã de terça.
Policiais federais pernambucanos o recepcionaram no terminal e logo depois se dirigiram para o Recife. Ao chegar na capital pernambucana, o homem fez exame de corpo e delito no Instituto Médico Legal (IML) e seguiu para o Cotel. Ele está à disposição do Tribunal do Júri de Pernambuco
Segundo a Polícia Federal, o preso falou informalmente que não havia fugido do Brasil, já que, quando se mudou para os Estados Unidos, ainda não havia sido expedido um mandado de prisão contra ele. O acusado ainda se disse inocente. A PF também contou que o homem é halterofilista, tendo inclusive conquistado o título de campeão da sua categoria no ano do incidente com o menino no Capibaribe. O nome do acusado não foi divulgado.