Altamiro Silva morava sozinho há mais de dez anos em Lafayette
De acordo com Jauro Melo, que ajudou nas buscas pela família, Altamiro falava pouco sobre seus parentes e tinha poucos amigos. “Não conseguimos nada por aqui, foi com a ajuda do Facebook que a notícia se espalhou e chegamos até a esposa e filhos”, conta.
De acordo com a assessoria de imprensa do Departamento de Polícia da cidade de Lafayette, a família hispânica com a qual Altamiro morava percebeu que a porta do banheiro estava trancada e arrombou. Quando eles entraram, o brasileiro estava morto dentro da banheira. A causa da morte não foi identificada e, segundo a polícia, o resultado do exame de corpo delito será divulgado em poucos dias.
Altamiro trabalhava como instalador de cerâmica e nem mesmo seu empregador tinha dados pessoais dele. Ele era constantemente visto nas poucas lojas brasileiras de Lafayette, mas como mantinha uma vida reclusa, ninguém tinha informação sobre sua família.
A polícia tentou usar o próprio telefone de Altamiro para contatar amigos e familiares, mas aparentemente ele não mantinha contato com muitas pessoas nem no Brasil e nem nos Estados Unidos. “Pessoas vêm para os EUA, moram sozinha e se isolam. Foi uma pena”, conta Jauro.
“Com a ajuda do Facebook, a família em Ipatinga ficou sabendo do ocorrido, mas ainda não sabe como vai levar o corpo para o Brasil”, contou Jauro Melo. De acordo com o serviço funerário público em Lafayette, o corpo do brasileiro vai ficar à disposição da família e não será enterrado como indigente. “Não enterramos sem assinatura da família, ele pode ficar aqui para sempre”, afirmou o funcionário.