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Brasileiro é condenado à prisão perpétua por matar a filha em Massachusetts

Crime ocorreu em julho de 2016 quando brasileiro disparou nove tiros contra a própria filha; ele já havia sido deportado duas vezes

O brasileiro Walter da Silva, de 47 anos, morador em Danbury (CT), foi sentenciado à prisão perpétua depois de assumir a culpa em ter matado com nove tiros a própria filha em julho de 2016. Conforme o Promotor Público Thomas Quinn III, do Condado de Bristol, o brasileiro admitiu no tribunal ter atirado e matado Sabrina da Silva, de 19 anos, na cidade de New Bedford, Massachusetts. As informações são do canal de TV local 12-WPRI.

Os promotores públicos alegaram que Silva alvejou a filha porque estava aborrecido com o fato de que Sabrina estava envolvida romanticamente com um homem mais velho. “Isso é realmente quase inimaginável que ele matou a própria filha porque estava zangado por ela tê-lo desrespeitado”, disse Thomas, no em que foi lida a sentença.

Silva assumiu a acusação de homicídio em 2º grau como parte do acordo, ele será elegível para liberdade condicional após ter servido 25 anos da sentença. Além disso, ele assumiu a culpa por posse ilegal de arma de fogo e porta uma arma de fogo carregada, detalhou Quinn. Pelo porte ilegal de arma, ele foi condenado a três anos de detenção, a qual ele cumprirá antes de cumprir a prisão perpétua, e pela acusação pelo porte de arma carregada, o réu foi sentenciado a 2 anos de prisão, que serão cumpridos junto à prisão perpétua.

Relembre o caso

O crime aconteceu às 10:10 da noite no estacionamento do conjunto residencial Verdean Gardens, na região sul do centro de New Bedford. O promotor público Bob DiGiantomaso disse ao juiz William Sullivan que Silva confrontou a filha no estacionamento da 9 Bedford St., onde ela morava e retornava para casa depois de ter ido ao supermercado. Eles discutiram rapidamente, quando ele sacou uma pistola 9 mm carregada e a alvejou diversas vezes. Conforme documentos apresentados no tribunal, Sabrina foi atingida 9 vezes.

A jovem tinha medo do pai porque estava namorando um homem muito mais velho que ela e Walter não aprovava o relacionamento, detalhou DiGiantomaso. Além disso, Silva estava aborrecido porque a filha não o havia visitado em Connecticut no Dia dos Pais. O Promotor disse que o réu decidiu “em questão de segundos” matar o “próprio sangue dele porque se sentiu desrespeitado”.

Durante a audiência, Silva parecia resignado enquanto ouvia o intérprete de português traduzir os procedimentos jurídicos. Ele confirmou com a cabeça quando o juiz perguntou-lhe se as alegações dos promotores públicos com relação ao caso eram verdadeiras. “Eu acredito que tudo venha de Deus e tudo que eu estou recebendo vem de Deus”, disse o réu.

Silva foi deportado em 1999 e novamente em 2012, após ser condenado no Condado de Middlesex de agressão com agravantes e uso de arma e tentativa de homicídio com uma faca, quando tentou matar a ex-esposa, Lilian da Silva, mãe de Sabrina.

Kathleen Carrancho disse que a meia-irmã concluiu o Supletivo (GED) e cursava o Bristol County Community College (BCC) para se tornar uma intérprete. Ela era uma “mãe maravilhosa” e a filha sempre pergunta quando Sabrina voltará para casa.

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