US Securities and Exchange Commission divulgou denúncia formal contra Daniel Fernandes Rojo Filho
Daniel Fernandes Filho é acusado de aplicar o golpe da pirâmide
DA REDAÇÃO (com Agências) – O US Securities and Exchange Comission, a Comissão de Segurança e Câmbio dos Estados Unidos (SEC), divulgou um comunicado em seu site (www.sec.gov), uma acusação contra a empresa do brasileiro Daniel Fernandes Rojo Filho por fraude de mais de $15 milhões em crime de pirâmide financeira. A SEC alega que a DFRF Enterprises, fundada por Daniel Fernandes, anunciou que operava mais de 50 minas de ouro no Brasil e África, entretanto, as receitas da empresa vinham apenas das promessas de juros aos investidores e não da mineração de ouro. Nas pirâmides, assim que os aplicadores param de entrar, o esquema não tem como cobrir os retornos prometidos e entra em colapso.
Segundo o SEC, com a ajuda de vários promotores, que atraíram investidores com as falsas promessas de que os investimentos eram totalmente segurados, o DFRF mantinha uma linha de crédito com um banco privado suíço e um quarto dos lucros da empresa seria usado para trabalhos de caridade na África. O suposto esquema movimentou mais de $ 15 milhões e tinha pelo menos 1.400 investidores, através do recrutamento de novos membros para manter o esquema à tona. O negócio também era divulgado em vídeos, nos quais o empresário afirmava ter registro na SEC e dizia estar planejando abrir o capital da DFRF, lançando ações na Bolsa de Valores. As comissões eram pagas aos investidores iniciais com o dinheiro arrecadado dos novos recrutamentos. A SEC alega ainda que Daniel sacou mais de $6 milhões dos fundos dos investidores para comprar uma frota de carros de luxo, entre outras despesas pessoais.
“O DFRF e seus operadores afirmaram falsamente que administravam uma empresa de mineração de ouro lucrativa quando na realidade estavam operando um esquema de pirâmide que enganava investidores em comunidades imigrantes que perderam milhões de dólares”, disse John T. Dugan, diretor associado do Escritório Regional de Boston da SEC. “Os investidores não foram informados da história completa sobre o verdadeiro valor e segurança dos seus investimentos”.
De acordo com a acusação da SEC apresentada no dia 30 de junho e revelada em um tribunal federal em Boston, Daniel é brasileiro, reside em Winter Garden (FL) e administrava o esquema com a ajuda de seis promotores também acusados no caso: Wanderley M. Dalman, de Revere (MA), Gaspar C. Jesus, de Malden (MA), Eduardo N. da Silva, de Orlando (FL), Heriberto C. Perez Valdes, de Miami (FL), Jeffrey A. Feldman, de Boca Raton (FL), e Romildo da Cunha, do Brasil.
A SEC alega que Daniel e os parceiros começaram a vender “investimentos” na DFRF em 2014, através de reuniões com potenciais investidores, principalmente em salas de conferências de hotéis em Massachusetts, casas particulares e empresas. Além disso, o DFRF divulgava as oportunidades de investimento através de vídeos on-line nos quais Daniel afirmava que a empresa era registrada junto à SEC e planejava lanças as ações da empresa na Bolsa. Depois que o marketing da DFRF ampliou-se, as vendas aumentaram drasticamente com adesões de 100 mil em junho 2014 para mais de US$ 4 milhões em março de 2015.
Clube dos Milionários
Daniel Filho, conhecido por levar uma vida de luxo sempre rodeado por carros caros e celebridades, postou no site clubedosmilionarios.com.br um texto no domingo (5), com o título “Chegou à nossa porta a conspiração”. Nele, o CEO da empresa alega que “chegou à nossa porta uma conspiração para nos derrubarem (não somente os ataques cibernéticos, os blogs, mas a criação de uma fábrica de denúncias fabricadas, muitas delas anônimas) e, possivelmente com propósito de comprometer a segurança pessoal do nosso CEO Daniel Filho, devido as nossas obras sociais e ascensão de crescimento aberto no mercado. ‘É bom saber que agora estamos incomodando em outro nível”.