O carioca Igor C. Magalhães, de 23 anos, que atua na área de legislação de imigração da Texas Public Policy Foundation, defendeu que o sistema de asilo dos Estados Unidos está ultrapassado e precisa ser reformado, garantindo que menos imigrantes entrem no país. A declaração foi feita ao participar como palestrante de um painel de debate sobre a crise na fronteira com o México e as possíveis soluções para o problema. Ele pregou, ainda, maior rigidez nos pedidos de asilo.
Magalhães mudou para a América em 2008, quando tinha 12 anos e hoje já é cidadão. “Tenho bacharelado em Artes e em História com honras na Universidade do Texas em Austin e trabalho na Fundação de Políticas Públicas do Texas como membro legislativo do Right on Immigration”, define em seu perfil no site da entidade. “Entrar no país ilegalmente, atravessando a fronteira, permanecendo após a expiração de um visto ou aproveitando as brechas nas leis de imigração compromete a soberania do país. Passar pelas vias legais da imigração mostra respeito à nação à qual se busca fazer parte. Foi isso que minha família fez e é o que continuarei a defender”, acrescentou.
Além disso, Magalhães tenta modificar a Lei de Reautorização da Proteção às Vítimas do Tráfico. Ele acredita que crianças naturais de El Salvador, Honduras e Guatemala, encontradas desacompanhadas na fronteira sul dos EUA, devem receber o mesmo tratamento que as crianças naturais do México e Canadá.
Quase um milhão de imigrantes foram detidos na fronteira sudoeste durante o ano fiscal de 2019, que terminou em 30 de setembro. “Este é o total mais alto desde 2008”, declarou, lembrando que 65% dos detidos estavam em grupos familiares ou eram crianças desacompanhadas, e 70% de todas as detenções ocorreram em um dos cinco setores de patrulha de fronteira no Texas.
Ele também quer estender o limite do Acordo de Flores, um acordo que estabelece limites para o período (até 20 dias) e as condições em que as crianças podem ser encarceradas em centros de detenção para imigrantes. A extensão do limite permitiria que menores permanecessem em um centro de detenção por mais de 20 dias.