Matheus B. dos Santos, de 26 anos, cuja família é da cidade mineira de Poços de Caldas, é mais um brasileiro a morrer devido ao consumo excessivo de drogas ilícitas. O jovem morava no estado de Nova York e lutava contra a dependência química há anos.
O corpo de Matheus foi cremado no último fim de semana, após familiares e amigos organizarem uma campanha de arrecadação de dinheiro para as despesas fúnebres. A irmã dele, Bianka dos Santos Reis, postou um depoimento emocionado nas mídias sociais relembrando as vezes em que o brasileiro teve problemas com as drogas: “Lembro das ligações da mãe dizendo que você estava tendo uma overdose; lembro de visitar você no hospital, lembro de visitar você na cadeia, uma mistura de sentimentos”, escreveu Bianka, aconselhando os outros jovens a buscarem ajuda se estiverem enfrentando os mesmos problemas com o vício.
De fato, segundo o novo Relatório Mundial sobre Drogas da Organização das Nações Unidas (ONU), divulgado há poucos meses, dos cerca de 585 mil óbitos vinculados ao uso de drogas no mundo em 2017, a maioria vitimou pessoas de 15 a 30 anos de idade. Nos Estados Unidos, com o aumento do consumo de opioides, o problema tem sido tratado como epidemia, conforme destacaram os autores do relatório.
Na comunidade brasileira nos EUA há pelo menos quatro casos confirmados de overdose desde 2018, mas o número pode ser maior: por questão de privacidade, muitas vezes os familiares das vítimas pedem que as informações sobre as circunstâncias da morte não sejam divulgadas.