Francisco Fernando Cruz já passou por uma audiência e aguarda próximo passo da justiça americana
Em nota divulgada pelo Itamaraty, o Consulado Geral do Brasil em Miami, afirmou: “Em respeito à privacidade do cidadão brasileiro e de suas famílias, o Itamaraty tem por política jamais divulgar dados específicos sobre o andamento de processo legal no exterior. Funcionário do Consulado-Geral do Brasil em Miami compareceu à audiência de hoje e acompanhou seu andamento. Tratou-se de audiência preliminar. Não há, ainda, decisão final de qualquer natureza sobre o caso”.
No Brasil, a mãe de Francisco, Cláudia Cruz, que mora em Sorocaba (SP), admite o erro do filho, mas espera que a Justiça do EUA não seja dura na hora de dar a sentença. Desde que foi preso, há 16 dias, Francisco falou duas vezes com a mãe. Ela diz que durante as ligações não se preocupou em falar com Francisco sobre o que teria o motivado a enviar os e-mails com as ameaças. Cláudia conta que tem enfrentado dificuldade em enviar dinheiro para o filho, já que dentro do presídio ele não tem acesso à conta bancária. As ligações à família e os objetos de higiene pessoal precisam ser pagos por Francisco.
Francisco não contou à família o motivo pelo qual enviou os emails ameaçando a TAM. Aparentemente, os e-mails com ameaças de bomba tinham a intenção de desafiar a polícia norte-americana, de acordo com o ‘Criminal Complaint’, espécie de boletim de ocorrência, registrado no dia 10 de janeiro em um distrito policial em Miami.
De acordo com o FBI, Cruz confessou que enviou os e-mails para ver se teria resposta das autoridades às suas mensagens. Ele foi preso no aeroporto de Miami quando tentava embarcar no vôo que ele mesmo havia ameaçado.
Ao todo, duas mensagens foram enviadas à TAM e ao Departamento de Policia de Miami Dade. A primeira mensagem foi enviada, segundo o documento, na quarta-feira (8), às 2:02pm tanto para a TAM quanto para a polícia, no dia seguinte, às 8:47am, um segundo e-mail foi enviado do mesmo remetente com as mesmas ameaças.