O crime aconteceu há 12 anos em Curitiba, PR. Thiago Klemtz de Abreu Pessoa foi baleado e morto pelo ex-policial militar, Omar Assaf Júnior, no dia 16 de agosto de 2009 na saída de uma casa noturna.
Thiago teria saído correndo do local após uma confusão e foi perseguido por Omar que estava à paisana. Ele disparou três vezes contra a vítima desarmada que, segundo testemunhas, implorou pela vida. As informações são da TV Record.
O ex-policial foi preso em flagrante e expulso da corporação. Após cumprir alguns meses na cadeia, conseguiu um habeas corpus que o garantiu esperar o julgamento em liberdade. Entretanto, três anos após o crime, ele não compareceu na audiência de sentença. Mesmo ausente, foi condenado a 16 anos de prisão por homicídio qualificado.
A mãe do jovem assassinado começou então sua busca pessoal por Omar Assaf Júnior e o encontrou através da internet em 2017, morando em Orlando, na Flórida. Segundo a mãe, ele aparece como sócio do tio em uma empresa chamada Paraná Services.
Ela desembarcou nos EUA e descobriu que ele Omar tinha sido preso após se envolver em acidente de carro. Os advogados da família da vítima entraram em contato com agentes da polícia local e do U.S. Immigration and Customs Enforcement (ICE), para informar sobre a condenação no Brasil e pedir a deportação do brasileiro.
“Enviamos uma comunicação formal ao juiz norte americano para que ele tivesse ciência que existe uma condenação aqui no tribunal do juri e nada foi feito”, disse Elias Matar Assad, advogado da família no Brasil ao programa Domingo Espetacular.
De acordo com o advogado, já foi solicitado ao Ministério Público com sede no Paraná acionar as autoridades americanas competentes para pedir a extradição de Omar.
A defesa do ex-policial disse que ele não pode ser considerado foragido porque deixou o Brasil antes da sentença ser proferida, e que prepara uma revisão do caso.
A reportagem da TV Record foi até a casa de Omar e foi recebida com hostilidade pelo brasileiro, que chegou a perseguir o carro da equipe de televisão.