Comunidade

Brasileira relata prejuízo de mais de $200 mil em lavoura de laranja na Flórida

Plantação fica na costa oeste, uma das áreas mais afetadas por Irma; colheita de fruta, que é feita uma vez ao ano, estava prevista para novembro, mas não vai acontecer

Foto de plantação em fazenda da costa oeste FOTO GETTY IMAGES
Foto de plantação em fazenda da costa oeste FOTO GETTY IMAGES

Quando o pior da fúria do furacão Irma passou pela costa oeste da Flórida no domingo (10), a brasileira Silvia Nalon Noda e seu marido Armando, já estavam preparados para o pior. O casal tem uma fazenda de 40 acres de terra com quatro mil árvores de laranja que foi devastada pelo furacão. “Não temos seguro na plantação, agora aprendemos a lição da pior forma”, disse Silvia em entrevista ao AcheiUSA.

A fazenda de porte médio fica em LaBelle, perto de Naples e Marco Island, onde o olho do furacão tocou o solo. A cidade tem uma das maiores concentrações de fazendas de cítricos, carro-chefe da agricultura da Flórida. De acordo com o departamento de agricultura da Universidade da Flórida, cerca de 60% das plantações na região estão embaixo d’água. O problema é que em exposição ao excesso de água, a raiz apodrece e os pés morrem. “Nossa fazenda está embaixo de água, estamos com muito medo de perdemos tudo. Já perdemos muitos pés de laranja que tombaram com a força do vento. Ainda não conseguimos ter acesso ao local, que está coberto de lama”, lamenta Silvia.

A colheita da laranja é feita uma vez ao ano – entre novembro e dezembro – e os produtores passam o restante do ano se preparando para o período. “Já perdemos a colheita deste ano e todo o lucro de cerca de $80 mil já não vamos ter. Fora isso, investimos $150 mil na fazenda, todo o dinheiro que tínhamos, então o prejuízo é muito grande”.

Ajuda do governo

Silvia e outros produtores da região de LaBelle estão se mobilizando para conseguir ajuda do governo para se reerguerem e reduzirem os prejuízos. O casal vai, também, pedir ajuda ao FEMA, que tem um financiamento voltado para vítimas do furacão.

Colheita estava prevista para novembro, mas não vai acontecer
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