Cinema/TV

Brasileira interpreta assassina real em série que remonta crime que chocou Miami em 2009

A atriz baiana Fabiana Mattedi vive a criminosa Narcy Novack em “Miami: Murder, Glamour & Greed”, do canal Oxygen

Uma brasileira foi escolhida para interpretar a protagonista de um caso de homicídio chocante. Lançada em junho, a série documental “Sins of the South” traz a atriz baiana Fabiana Mattedi no papel de Narcy Novack, condenada pelo assassinato brutal de seu marido em 2009. Com o título “Miami: Murder, Glamour & Greed”, a história é contada no quinto episódio da série veiculada na plataforma virtual Oxygen, dedicada ao gênero “true crime”.

Herdeiro do famoso hotel Fontainebleau, em Miami, na Flórida, Ben Novack Jr. foi encontrado amarrado e com os olhos arrancados em uma suíte de hotel em New York. A investigação revelaria uma traição devastadora de sua esposa e desvendaria outro assassinato, o da mãe dele, antes considerado um acidente, mas também calculado por Narcy.

“As cenas remontam a interação de Narcy, com o marido antes do crime brutal”, contou Fabiana Mattedi ao AcheiUSA. Moradora da Big Apple desde 2017, essa não é a primeira vez que a brasileira encarna um papel dramático. Em 2020, ela atuou no curta “The Drain”, da diretora Alexia Haick, no papel de uma mãe abalada pelo alcoolismo do marido. “Mas nada se compara a viver a história de uma assassina real. Foi um exercício de improvisação, uma vez que as cenas foram desenvolvidas no set a partir das indicações – com base nos fatos reais – dadas pelo diretor na hora da filmagem”, contou a atriz.

Natural de Salvador, Fabiana Mattedi é formada pela Escola de Teatro da UFBA. No Brasil, ela atuou em Red Brazil (2012), uma co-produção Brasil, França e Portugal. Participou também de Alguns Nomes do Impossivel (2009) e Calidris (2019).

Gênero em ascensão

O fascínio do público pelo gênero “true crime” impulsionou o surgimento de uma grande safra de novas produções mundiais e até de canais voltados exclusivamente ao gênero, caso do Oxygen, fundada por Geraldine Laybourne e Oprah Winfrey, hoje uma propriedade da divisão NBCUniversal, e do True Crime Network, com dezenas de filmes e podcasts.

Segundo uma pesquisa do YouGov, metade da população americana afirma que gosta de assitir histórias de crimes reais, incluindo assassinatos, sequestros e outros crimes chocantes — e 35% dizem consumir esse tipo de conteúdo pelo menos uma vez por semana. 

No Brasil, a onda de filmes e séries baseados em crimes reais também chegou com tudo, incluindo dois casos amplamente divulgados pela imprensa nacional: “Isabella: O Caso Nardoni”, disponível no Netflix, sobre a menina de cinco anos atirada pela janela do apartamento em que viviam seu pai, Alexandre Nardoni, e sua madrasta, Anna Jatobá; e o assassinato do casal Manfred e Marísia von Richthofen pelas mãos da própria filha, Suzane. O caso foi abordado em dois filmes que estão disponíveis no Amazon Prime Video: “A Menina que Matou os Pais” e “O Menino que Matou meus Pais”.

Em maio, o Prime Video lançou também “Maníaco do Parque”, filme revive os horrores cometidos por um motoboy acusado de assassinar mulheres em São Paulo na década de 1990. Só no mês de junho, a plataforma de streaming Netflix lançou 12 filmes baseados em crimes reais. 

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