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Brasileira fatura $10 milhões depois de aparecer no reality ‘Shark Tank’

Ela e o marido americano produzem pão de queijo que são vendidos em mais de mil supermercados nos EUA e há planos de uma expansão para o Canadá

Junea Rocha e Cameron MacMullin fundadores da Brazi Bites
Junea Rocha e Cameron MacMullin fundadores da Brazi Bites

DA REDAÇÃO (com UOL) – Quem vive nos Estados Unidos com certeza conhece o reality show “Shark Tank” apresentado pela ABC no qual empreendedores apresentam seu produto aos jurados em busca de investimento e visibilidade.  A empresária brasileira Junea Rocha, 34, participante da 7ª temporada do reality viu o faturamento de sua empresa, a fábrica pães de queijo Brazi Bites crescer dez vezes desde a aparição no reality, em novembro de 2015.

Na hora da apresentação curta para atrair os investidores, Junea e o marido, o americano Cameron McMullin, pediram $200 mil em troca de 10% da empresa. Ela recebeu três propostas, dos “sharks” Lori Greiner, Daymond John e Kevin O’Leary. A de Greiner, de $200 mil por 16,5% da empresa, foi a mais atraente, mas o contrato não foi fechado. “Levamos a ideia a nossos advogados, mas não fomos adiante. Isso pode acontecer na vida real, embora tenhamos até hoje um ótimo relacionamento com Lori.”

Mesmo sem investimento, a empreitada valeu a pena, na avaliação de Rocha. “A visibilidade que um programa desses dá é quase como ganhar na loteria”, afirma. O faturamento saltou de $1 milhão para $10 milhões por ano, na projeção para 2016.

Ela conta que, após a exibição do programa, o produto esgotou nos supermercados e o site da empresa saiu do ar, sobrecarregado pelo número de acessos -mais de dois milhões nos dias posteriores à exibição do programa.

Rocha, que é formada em engenharia, criou a empresa em 2011 em sociedade com o marido. Para preparar a receita, o casal substitui o queijo minas -difícil de ser encontrado em Portland, no Oregon, onde vive- por parmesão e cheddar.

Os pães são vendidos em mais de mil supermercados nos EUA, e há planos de uma expansão para o Canadá. “Os ‘sharks’ provaram e adoraram, o que deve ter despertado um interesse a mais no público para ir atrás dos nossos produtos”, afirma.

A empresária atribui só parte do crescimento da empresa ao “Shark Tank”. “Já estávamos estruturados e estáveis naquele momento, mas o programa nos deu a exposição necessária para termos sucesso na nossa estratégia de expansão”, afirma.

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