Raquel Moura Borges, de 55 anos, foi presa na quinta-feira (28), em New York, por suposto desvio de $4 milhões em um esquema fraudulento de consultoria financeira. O procurador do distrito sul de NY, Damian Williams, acusou a brasileira de receber o dinheiro de clientes para aplicar no mercado de imóveis, títulos e outros investimentos, mas “roubou e encheu seus próprios bolsos”.
A denúncia publicada no site do U.S. Justice Department alega que parte do montante foi usado na reforma de um luxuoso apartamento em Manhattan. Outra parte foi gasta para cobrir as perdas de outros clientes. As falsas consultorias realizadas por Raquel eram feitas em nome da Global Access Investment Advisor LLC (Gaia), empresa da qual ela é dona. Uma das vítimas chegou a somar um prejuízo de $2,7 milhões em 2017, após realizar várias transferências para a conta da Gaia para que fossem feitos investimentos nunca realizados.
Uma segunda vítima teria perdido $ 1,95 milhão também depositados para a empresa controlada por Raquel. O combinado era de que o dinheiro fosse investido em imóveis na cidade de New York. O documento de acusação aponta ainda que, dias após o depósito ser efetuado, a mulher retirou $ 1,5 milhão da conta corporativa e enviou para a sua conta pessoal.
Se condenada, Raquel Moura Borges pode pegar 20 anos de prisão por fraude eletrônica e cinco anos de prisão por fraude em consultoria de investimento financeiro. A sentença será decidida pelo juiz Lewis J. Liman Netburn do U.S. District Judge.