Patricia Crassiati, que estava alcoolizada, atropelou dois rapazes na calçada de PGA Boulevard em 2003
A brasileira Patricia Crassiati, de 44 anos, deve estar bastante arrependida de ter dirigido sua Ford Explorer 2002 na madrugada de 12 de abril de 2003 na PGA Boulevard, no condado de Palm Beach. Com nível de intoxicação alcoólica quase três vezes superior ao permitido por lei, a terapeuta atropelou Roberto Vargas e um amigo que caminhavam na calçada.
As conseqüências foram trágicas. Vargas, atualmente com 29 anos de idade, estava prestes a se formar em Biologia Marinha pela Universidade de West Florida, em Pensacola, quando foi atingido pelo veículo dirigido por Patricia. Enquanto o amigo conseguiu recuperar-se sem seqüelas em seis meses e hoje está vivendo na Espanha, Vargas não teve a mesma sorte. O rapaz, após seis meses em coma, está preso a uma cama e teve suas faculdades mentais sensivelmente prejudicadas. Hoje, Vargas que era considerado um aluno brilhante, age como se fosse uma criança de três anos de idade.
Embora a terapeuta suplicasse por misericórdia, propondo pagar sua dívida com a sociedade de uma maneira construtiva, o juiz Jack Cook a sentenciou a nove anos de prisão. Seu advogado, Richard Springer, afirmou que Patricia estava extremamente arrependida e cheia de remorso.
Mas o promotor público Jason Lewis pintou um quadro mais tenebroso. Ele lembrou que a brasileira disse à polícia não ter socorrido os homens depois do acidente porque teria de alimentar seus gatos. Depois, teria voltado à cena para encobrir as evidências.
Tony Vargas, irmão de Roberto, disse que ele está vivendo em Chicago com sua mãe e “infelizmente não é nem mesmo 30% da pessoa que costumava ser”.