Depois de 12 anos, a brasileira Cláudia Hoerig, natural do Rio de Janeiro, foi condenada a 28 anos de prisão em regime fechado por atirar e matar seu marido Karl Hoerig, a quem ela acusa de violência doméstica. A sentença foi proferida na sexta-feira (8) em um tribunal em Warren, Ohio. Ela terá direito à liberdade condicional depois desses 28 anos da pena cumprida. As informações são do canal de TV local WKBN 27 First News.
Cláudia Cristina Sobral (nome de solteira) é apontada pelas autoridades como a responsável pela morte do marido. O crime foi cometido em 12 de março de 2007, em Newton Falls. Investigações dão conta de que, antes do homicídio, Claudia comprou uma pistola e realizou treinos de tiros em uma academia próxima de casa. Ela também teria transferido o dinheiro do marido para sua conta. A defesa de Cláudia sempre alegou que ela era vítima de maus tratos.
Antes que a brasileira fosse oficialmente sentenciada, os familiares de Karl discursaram, falando sobre o homem que eles amavam.
“Nada que esse tribunal possa fazer trará o meu irmão de volta”, desabafou Paul Hoerig.
Há duas semanas, a brasileira foi considerada culpada de ter matado a tiros o próprio marido, em 2007, o major da Força Aérea Karl Hoerig, na residência do casal. “Palavras não podem expressar a dor e angústia que a minha família tem passado desde o assassinato do Karl”, acrescentou Paul.
“Eu quero listar cada momento que me magoou o fato de o papai ter ido. Eu quero falar sobre os meus filhos lindos que ele nunca conheceu. Eu quero falar sobre tristeza e oportunidades perdidas”, disse Eva Hoerig Snowden, filha da vítima.
“O meu pai era o melhor, o mais maravilhoso, fantástico, deveria ter recebido o troféu de o melhor pai”, comentou Eva, enquanto a réu esperava a poucos passos de distância para ouvir a sentença.
“A Cláudia é uma manipuladora e uma mentirosa vingativa. Ela não tem remorso, sem vergonha, sem moral. Ela é diabólica”, disse Roxy Vaughn, sobrinha de Karl. “Quando nós falamos dela para ele, nós tínhamos a sensação de que ela faria algo contra ele”, relatou Ed Hoerig, pai da vítima. “Eu o alertei e ele respondeu, ‘não se preocupe. Eu tenho controle”.
Cláudia receberá crédito pelo tempo servido de prisão, tanto no Condado de Trumbull quanto no Brasil, o que totaliza mais de 2 anos e 7 meses.