Uma brasileira de 49 anos, casada e mãe de três filhos, foi ao Walmart localizado na 8651 NW 13 Terrace em Doral, Flórida, na manhã de domingo (22) para comprar alguns materiais de papelaria. A mulher, que pediu para não ser identificada, estava olhando as prateleiras, seus dois filhos estavam na sessão de brinquedos, quando um homem se aproximou e falou para ela: “Tem algo em seu short”. Quando ela passou a mão, identificou uma ‘gosma branca’ e chegou à conclusão que o homem havia ejaculado em sua roupa. Segundo ela, o indivíduo não chegou a encostar nela e se afastou consertando o short.
“Quando eu percebi o que havia acontecido, eu comecei a gritar, a gravar, a tirar foto, fiquei completamente desesperada. Fui atrás do meu filho mais velho que falou, mãe, ele ejaculou na sua roupa. Fui, então, pedir ajuda dos gerentes que disseram que eu tinha que chamar a polícia, que nada poderia ser feito. Chamei a polícia, que demorou uns 20 minutos para aparecer, e me fez algumas perguntas. Eles não pediram o short para fazer um exame, deram uma volta para localizar o suspeito e, claro, não encontraram”, contou a vítima ao AcheiUSA. “Estou fazendo esta denúncia para mostrar a omissão das autoridades, eles não estão nem aí, fica o alerta para outras mulheres”.
Ela afirma que não foi a primeira vez que isto aconteceu no mesmo local, mas que da outra vez, ela ficou tão perturbada, que não denunciou à polícia. “É a segunda vez que passo pela mesma situação e na outra vez ninguém do Walmart fez nada. Acho que eu teria de ser de fato violentada para que algo fosse feito, é um sentimento de raiva, tristeza e impotência”.
O caso foi registrado pela polícia como “sexual offense”. AcheiUSA entrou em contato com o Departamento de Polícia de Doral que deu a seguinte resposta: “A pessoa que registrou a ocorrência no domingo, 22 de outubro, afirma que um homem estava se masturbando, mas ela não chegou a vê-lo fazendo isso. O homem não estava na cena quando a ocorrência foi feita. A investigação mostrou que não havia testemunhas e nem câmeras para demonstrar que um crime foi cometido”, escreveu a comandante Alicia Neal.
Até o fechamento desta edição, o Walmart não havia se manifestado.
A brasileira comentou a resposta dada pela polícia: “Ninguém se importou na hora, eu pedi ajuda e a equipe do Walmart não se importou, nem a segurança chamaram e tudo bem para eles, a gerente me falou que o problema era meu e nada me surpreende a polícia dizer isso porque eles também não se importaram, me perguntaram sim, o cara te tocou? É uma vergonha um representante da policia desconsiderar os fatos e falar que a investigação não tem nada, o que eles queriam , que o indivíduo ficasse ali esperando para se justificar. Até quando temos que ficar calados por ser só uma imigrante?”.