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Brasileira condenada nos EUA por fraude em contas de apps fala sobre sua liberdade em entrevista

Atualmente residindo em Boston, Priscila expressou arrependimento por suas ações e discutiu o impacto da condenação em sua vida

Priscila Barbosa vive atualmente em Boston. Foto: Reprodução IG – Arquivo Pessoal

Depois de cumprir “dois anos, seis meses e oito dias” de prisão em Massachusetts por falsificar cerca de duas mil contas da Uber, Lyft, DoorDash e outros aplicativos, a brasileira Priscila Barbosa, que está livre há oito meses, compartilhou sua história em entrevista ao site UOL. A sorocabana, de 37 anos, fez questão de enfatizar que sua pena foi reduzida por bom comportamento. “Ficava muito quieta na minha, mas me chamavam de princesinha porque eu não fazia o padrão das pessoas presas”, contou à publicação.

Conhecida como a “rainha da máfia dos aplicativos”, Priscila foi condenada em 2022 por liderar um esquema de falsificação de contas em plataformas digitais, rendendo a ela mais de $700 mil dólares, segundo a investigação. “Eu enxergo o que eu fiz como uma forma de ajudar imigrantes. Um crime praticamente sem vítimas. Ajudei as pessoas a pagarem suas contas e colocarem comida na mesa. Sei que o que eu fiz não é certo, mas não prejudicou ninguém financeiramente. Existem vítimas pelo uso da identidade, mas nenhuma delas foi lesada”, disse ao UOL.

De acordo com a reportagem, Priscila chegou aos EUA em 2018 com um visto de turismo e conseguiu um emprego ilegalmente. Ela se envolveu em um esquema criminoso que utilizava identidades roubadas e documentos falsificados. O grupo obteve carteiras de motorista e números de seguro social na deep web e usou essas informações para criar contas fraudulentas em plataformas de transporte compartilhado e serviços de entrega.

Em abril de 2022, ela e um cúmplice se declararam culpados por fraude eletrônica e roubo de identidade. A sentença incluiu três anos de prisão, três anos de liberdade condicional e uma multa de 20 mil dólares. Priscila foi liberada antes do término da pena devido ao bom comportamento e cooperação com as autoridades. Outras penas para membros do grupo variaram de 20 a 40 meses, com algumas sentenças ainda não divulgadas publicamente.

Atualmente residindo em Boston, Priscila expressou arrependimento por suas ações e discutiu o impacto da condenação em sua vida. Ela mencionou o desafio das crises de ansiedade e a solidão enfrentada durante sua estadia na prisão. Além disso, falou sobre a importância de estar corretamente documentado e seguir as leis dos EUA, especialmente para imigrantes.

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