Com uma abordagem “amigável”, solicitando a troca de dólares por reais com uma taxa de câmbio convidativa, criminosos aplicaram um golpe que gerou um prejuízo de cerca de R$ 4.900 para a gaúcha Georgia Stumpf, moradora de Doral, no Sul da Flórida.
Segundo a brasileira, que conversou com exclusividade com o AcheiUSA, uma mulher identificada como “Luciana” postou o pedido de transação no grupo Miami VIP no WhatsApp . “Ela disse que estava comprando um imóvel no Brasil e que precisava trocar dólares por reais. A transação seria feita via Pix no Brasil e Zelle aqui”, contou. A princípio, Luciana disse que gostaria de trocar US$2,800 mas, ao Georgia solicitar que a entrega dos dólares fosse feita pessoalmente, a mulher diminuiu o valor. “Podemos começar com menos até a gente pegar confiança”, escreveu.
Durante a troca de mensagens, Luciana disse para Georgia que também era natural do Rio Grande do Sul. “Ela contou que era gaúcha e fisioterapeuta, assim como eu!”, disse. “Não sei se ela olhou minhas redes sociais, mas essa informação gerou um sentimento de identificação em mim, o que facilitou o golpe”. Apesar do número de telefone de Connecticut, Luciana falou para Georgia que estava passando uma temporada em Orlando, cuidando da recuperação de um jogador de futebol.
Foi então que Georgia pediu para um familiar no Brasil transferir a quantia de R$ 4.900 para um Pix informado por Luciana. “A primeira tentativa, com um endereço de email, não deu certo. Daí ela me passou um CPF, que completou a transferência”, disse. Poucos minutos depois da transação, Luciana bloqueou o número de Georgia, deixando de cumprir sua parte do acordo. “Foi aí que percebi que havia sido vítima de um golpe”.
Georgia conta que notou a presença do mesmo usuário em outro grupo de brasileiros na Flórida, o Desapego Doral. Ela também percebeu a interação entre Luciana e outra usuária, identificada como “Josi”, que também fez um post solicitando troca de dólares por reais para pagar um funeral no Brasil. “Infelizmente, não consegui descobrir como esses usuários entraram no grupo e, embora outras pessoas tenham conversado com elas, até onde eu sei, ninguém mais efetuou a transação”, afirmou.
“É muito triste que a gente forme grupos de brasileiros para se ajudar nos EUA e acabe sendo vítima de golpes!”, lamentou Georgia.
Segundo ela, parte do dinheiro (R$ 950) foi recuperado depois que o golpe foi reportado à Caixa Econômica Federal. Até a publicação desta reportagem, Georgia não havia feito uma denúncia na polícia brasileira ou americana.
